quinta-feira, março 17, 2011

Reflexões sobre o tamanho e a produtividade (parte II)

Continuado daqui.
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Na semana passada tive uma saborosa conversa sobre estratégia com um gestor que reflecte sobre o tema na sua área de actividade.
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Segundo ele, uma mega-empresa portuguesa há cerca de vinte anos operava directamente com mais de uma centena de empreiteiros que lhes prestavam os serviços no terreno.
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Hoje, essa mesma empresa trabalha com cerca de uma dezena e, se calhar, dentro de alguns anos estará a trabalhar com 5 apenas.
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Entretanto, essa dezena está autorizada a subcontratar a prestação de serviços no terreno a terceiros.
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Entretanto, ainda, os preços que a mega-empresa paga ao longo dos anos têm sofrido reduções sucessivas.
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Perspectivemos o panorama, o fluxo dos acontecimentos.
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Os empreiteiros que fazem parte da dezena, ao longo dos anos deveriam ter-se transformado e especializados em planeadores, em programadores, em gestores de subempreitadas.
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E os subempreiteiros?
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Segundo o gestor, deveriam ter-se especializado, deveriam ter concentrado a sua actividade para se tornarem especialistas e optimizado os seus custos nas actividades escolhidas.
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Claro que esta escolha é dolorosa e evitada. Muitos gerentes, talvez a maioria, confunde volume com grandeza, confunde volume com lucro, e isso não é bom.
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Alguns, poucos, fizeram essa experiência e...
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... são mais pequenos, mas são especialistas em 2 ou 3 actividades e têm rentabilidades superiores. As pessoas são especialistas, as máquinas são dedicadas, os métodos de trabalho estão ritmados e conhecidos e fazem sempre a mesma coisa.
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Ou seja, mais um subsídio para os investigadores-autores que não percebem como é que pequenas empresas podem ser competitivas no negócio do preço.

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