sexta-feira, maio 20, 2011

Eu preferia outras montras

No semanário Vida Económica encontro:
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"Vicaima aproxima-se de segmentos premium"
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"Com o objectivo de mostrar, junto dos targets mais exigentes, a sua mais recente e luxuosa colecção de portas de interiores, a Vicaima decidiu marcar presença, através de publicidade estática, no Clube de Golfe dos Economistas. A empresa familiar portuguesa, que se dedica à transformação e distribuição de madeiras e derivados, reforça, assim, o seu envolvimento na valorização de uma modalidade desportiva ligada aos segmentos Premium."
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Olhando para o ecossistema da procura:
Privilegiaria o contacto com os prescritores, gabinetes de arquitectura que podem influenciar quer os aplicadores, quer os consumidores.
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Privilegiaria o contacto com futuros arquitectos, futuros profissionais de design e de decoração, focando a transmissão de informação técnica sobre o desempenho dos produtos nas respectivas escolas, não falo de publicidade, falo de transmissão de conhecimento, de know-how... para cimentar a referência da marca como especialista, como inovadora, como premium.
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Quanto aos consumidores... são os homens que escolhem as coisas da casa à medida ou são as mulheres? Quantas mulheres praticam golfe? Que locais é que essas mulheres frequentam? Onde se aconselham? Onde buscam informação?

1 comentário:

lookingforjohn disse...

CCz, em termos de papeis na decisão de compra, creio que aqueles a quem está a chamar prescritores serão na verdade mais influenciadores.
Neste produto não creio que exista grande margem para prescritores, para além de regulamentação geral aplicável. Existirão, isso sim, os influenciadores, e serão os arquitectos ou decoradores que se relacionam com o cliente que quer uma porta destas (porque este cliente não compra uma casa qualquer, compra caro e compra detalhes, todos os detalhes, e por isso recorre a mais serviços de apoio à sua compra).
Os decisores, provavelmente, serão mesmo, então , as mulheres, que serão quem faz a escolha e impõe a sua vontade (ao estilo "a decoração é sua responsabilidade").
Não sei se a Vicaima fez esta caracterização (prescritores, influenciadores, decisores), mas o que me ocorre é que, em Portugal, qualquer Marketing pode aparentar resultados a partir do momento em que implique gastar dinheiro.
Aos economistas golfistas não me parece, muito com com base no senso comum, que funcionem como figura de referência, que prescrevam, que influenciem de forma relevante, ou que decidam muito na compra deste tipo de produto...
(gostava mesmo era de um dia vir a saber qual a avaliação feita/ qual o retorno desta acção de Marketing, isso é que era...)