segunda-feira, novembro 11, 2013

Sonho? Tomo a nuvem por Juno? Ou será o jornalismo do Estranhistão?

E Mongo no jornalismo? (eheheh não confundir com jornalistas mongos)
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E jornalistas a trabalharem directamente para os seus leitores?
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E jornalismo que já não vive de textos a servirem de engodo para a publicidade, mas baseado num outro modelo de negócio: clientes-leitores que pagam os artigos que querem, que precisam, que têm interesse em ler.
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Em vez de salvar o jornalismo servindo os clientes overserved, com preços e custos cada vez mais baixos, apostar nos clientes underserved. Não é novo neste blogue:
Recordo também este postal de ontem, "Abraçar a mudança em vez de tentar incorporá-la", não são os jornais estabelecidos que vão aproveitar a oportunidade, são os que já não têm nada a perder e têm modelos mentais limpos, sem custos afundados. Quem? Os jornalistas!!!
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Recordo também este outro postal de ontem, "O poder potenciador das redes no Estranhistão", em vez dos jornais do passado, redes de jornalistas.
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Como já aqui afirmei várias vezes, perante este cenário:
Os jornais concentraram-se em fazer o que a UTAO defende, a procura está em baixo porque o produto é caro. E o produto é caro por causa dos custos fixos. Logo, há que despedir jornalistas caros e enxamear as redacções de estagiários. Logo, há que gastar menos dinheiro em investigação e comprar mais a centrais de notícias. Logo, há que incluir cada vez mais opinião (nunca me esquecerei de apanhar na TV Carlos Abreu Amorim a falar do tema da semana, a resposta americana ao Katrina... onde estão os especialistas?). Desta forma, tornaram os jornais cada vez mais, menos interessantes para os seus potenciais leitores. O leitor do preço vai para a net, o leitor que quer mais, que quer investigação, que quer rigor, que não quer propaganda travestida de informação fica underserved e aspira a algo de diferente, (até a minha mãe, até a minha mãe, e não consigo explicar o significado do que vou escrever a seguir em toda a sua dimensão, deixou de comprar o Público), a algo com mais qualidade, a algo com mais atributos.
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Era tão bom que isto "Plataforma portuguesa dedicada a jornalismo financiado por leitores é lançada na terça-feira", fosse uma genuína reacção de jornalistas interessados em aproveitar uma oportunidade de negócio para servir os leitores underserved...
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Era tão bom que fosse mais um pontapé no modelo económico do século XX e do seu teorizador Robert Coase

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