domingo, julho 19, 2015

A verdadeira austeridade, que inveja!

Sou um defensor acérrimo da austeridade!
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Não a austeridade imposta sobre as pessoas mas a austeridade imposta sobre o Estado monstro.
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Assim, que inveja tenho disto:
"O ministro das Finanças britânico anunciara um orçamento rigoroso. E cumpriu. Falando em Westminster, George Osborne apresentou um conjunto de propostas que procuram estimular a produtividade, reduzir as despesas sociais e os impostos sobre o rendimento e as empresas. Em paralelo, quer ver aprovada legislação que obrigue os futuros governos a manter um patamar de despesas inferior ao total das receitas fiscais, em período de conjuntura normal. O objetivo desta "regra de ouro" - como é designada - é o de assegurar a existência de excedentes orçamentais a longo prazo.
...
Para o ministro britânico, o seu país endivida-se ainda em excesso e gasta em demasia. "Basta olharmos para a crise que se vive hoje na Grécia para compreendermos que se um país não controla a dívida, a dívida controla o país", disse Osborne."
Claro que não acredito em abaixamento de impostos sem o paralelo corte na despesa do monstro.
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Confesso que tenho saudades do tempo em que a Esquerda e a Direita tinham receio da dívida e não andavam intoxicadas:


Por exemplo, este trecho é sintomático do pouco que foi interiorizado sobre o que tem de mudar:
"“Temos que ter uma garantir que há responsabilidade, porque é essa responsabilidade que nos permite que os próximos quatro anos já não sejam com a ‘troika’, nem com restrições."
Será que é mais um que pertence ao clube que quer ao mesmo tempo ter défices mais altos e dívida mais baixa?
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BTW "se um país não controla a dívida, a dívida controla o país"


Trecho retirado de "Osborne reduz apoios sociais e impostos no Reino Unido"

4 comentários:

Carlos Albuquerque disse...

"Assim, que inveja tenho disto:
"(...)reduzir as despesas sociais e os impostos sobre o rendimento e as empresas."

Entretanto, no mesmo Reino Unido:

"Children living in poverty are going to school hungry every day and falling behind in lessons because of it"

"young people were being hit hardest by the Government's austerity programme"

"poorer children cannot keep up with their wealthier counterparts because of 'embarrassment and hunger'."

http://www.dailymail.co.uk/news/article-2592242/British-children-going-school-hungry-day-families-poor-feed-says-leading-Catholic-Bishop.html#ixzz3gKwo6YxO

A caminho do século XIX. Os ricos cada vez melhor, pagando menos impostos, e os pobres com os filhos convenientemente pobres e falhados na escola para virem a ser os criados dos ricos.

Tem a certeza que é isto que quer para qualquer país? Só interessa pagar menos impostos?

CCz disse...

O beneficiário líquido da impostagem tinha de aparecer.
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Não me esqueço que você é o tal que no lugar de Salomão teria dito:
- Corte-se a criança!

Não percebe que com essa gana mata o hospedeiro que o alimenta?

Carlos Albuquerque disse...

Não percebe que com a gana de não pagar impostos contribui para uma sociedade profundamente injusta e desumana e que no passado esse tipo de sociedade deu origem ao marxismo e a todas as suas consequências no século XX?

A sua resposta para as crianças inglesas e portuguesas que vão com fome para a escola é que se tiverem a sorte de virem a ser ricas pelo menos pagarão menos impostos? E as outras? Azar?

Já agora, conhece alguma sociedade organizada sem impostos? Se privatizar tudo numa sociedade vai continuar a pagar impostos com o nome de rendas, avenças e outros nomes. Como na Idade Média. O Estado organizado e democrático apenas permite aos cidadãos interferir na governação, coisa que não acontece no dia em que tudo for propriedade privada. E nesse dia o mercado reduz-se ao que sempre foi: o poder dos grandes senhores, como na Idade Média.

Acredita realmente nestas ideias ou pretende apenas beneficiar directamente de menos impostos e indirectamente por agradar a quem também não quer pagar impostos?

CCz disse...

Fala de bandulho cheio!