sábado, fevereiro 27, 2016

Mongo e a automatização... pois!

Fez ontem um mês que estava numa empresa de calçado a olhar, através de um vidro num primeiro andar, para o reboliço habitual nas linhas de produção no chão de fábrica. Na altura comentei com o gerente que tinha assistido recentemente a uma apresentação de projectos de robótica para o sector e que tinha ficado com uma incomodidade, pouco daquilo me parecia prático para empresas com pequenas séries e grande variedade de produção. Ele concordou e falou-me de exemplos que conhecia, em empresas bem maiores, que estavam a ganhar pó porque não podiam ser usados, não faziam sentido para as produções do calçado português de hoje.
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Se visitam este blogue com regularidade conhecem a minha metáfora: Mongo.
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Mongo é o mundo da diversidade, da personalização, da experiência, da decomoditização. Por isso "Um mesmo processo automatizado é demasiado rígido para Mongo" ou ainda mais radical "É disto que eu gosto... ninja-like... just like an al-qaeda cell".
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Assim, foi com um enorme sorriso que li "Mercedes-Benz swaps robots for people on its assembly lines":
"Bucking modern manufacturing trends, Mercedes-Benz has been forced to trade in some of its assembly line robots for more capable humans.
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The robots cannot handle the pace of change and the complexity of the key customisation options available for the company’s S-Class saloon at the 101-year-old Sindelfingen plant, which produces 400, 000 vehicles a year from 1,500 tons of steel a day.
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The dizzying number of options for the cars – from heated or cooled cup holders, various wheels, carbon-fibre trims and decals, and even four types of caps for tire valves – demand adaptability and flexibility, two traits where humans currently outperform robots.
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Markus Schaefer, Mercedes-Benz’ head of production told Bloomberg: “Robots can’t deal with the degree of individualisation and the many variants that we have today. We’re saving money and safeguarding our future by employing more people.”
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Skilled humans can change a production line in a weekend, where robots take weeks to reprogram and realign.
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“We’re moving away from trying to maximise automation with people taking a bigger part in industrial processes again. We need to be flexible. The variety is too much to take on for the machines. They can’t work with all the different options and keep pace with changes.”"
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