sábado, abril 09, 2016

Acerca das exportações de 2016

A propósito dos números do comércio internacional que saíram ontem.
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Primeiro, a treta do ministro da Economia.
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As inverdades objectivas (BTW, já é useiro e vezeiro):
"Apesar da quebra das exportações com Angola, [Moi ici: As exportações para Angola caíram 44% no acumulado do ano face ao período homólogo do ano passado] Manuel Caldeira Cabral salientou que, ao contrário, as exportações cresceram para outros mercados, dando o exemplo dos Estados Unidos da América." [Moi ici: Analisando os dados do INE verifica-se que as exportações para os Estados Unidos caíram 10% no acumulado do ano face ao período homólogo do ano passado]
 As incoerências:
"O ministro da Economia disse estar insatisfeito com o aumento este ano do défice da balança comercial em 206 milhões de euros, após conhecer os dados das importações e exportações hoje divulgados."[Moi ici: Então a política do governo não é aumentar o consumo? Só em automóveis foram mais 152 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado. Apetece escrever: Duh!]
As coisas boas dos números do INE (escrevo com base na comparação do acumulado do ano de 2016 com o de 2015):

  • Exportações totais só caíram 0,78% (60,6 milhões de euros);
  • Exportações totais, excluindo combustíveis, cresceram 82,6 milhões de euros;
  • Exportações para o exigente mercado da UE cresceram 5,3%;
  • Exportações de máquinas, aparelhos e materiais eléctricos continuam a crescer e a bater recordes (+ 52 milhões de euros);
  • Exportações de móveis e mobiliário médico-cirúrgico continuam a crescer e a bater recordes (+ 42 milhões de euros);
  • Exportações de vestuário e seus acessórios de malha continuam a crescer (+ 34 milhões de euros);
  • Exportações de plásticos e suas obras continuam a crescer (+ 34 milhões de euros);
  • Exportações de produtos farmacêuticos continuam a crescer  (+ 31 milhões de euros);
  • Exportações de borracha e suas obras continuam a crescer (+ 24 milhões de euros);

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