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sábado, abril 22, 2023

Uma pergunta inocente

A propósito de "Multipessoal está a recrutar 200 para a hotelaria nos Países Baixos"

Uma pergunta inocente, mas inocente mesmo: estes 200 que vão trabalhar para os Países Baixos vão com salários tugas mais um cheirinho ou vão com salários holandeses?


sábado, janeiro 11, 2020

O contexto que nos rodeia

Há dias vi uma peça criada pela RTP sobre as previsões para a economia portuguesa em 2020. Na altura fiquei embasbacado ao ver que falavam num crescimento de 2% do PIB. O orçamento de estado para 2020 prevê 1,9%.
"Le scénario se répète pour la quatrième année consécutive. Les défaillances d'en-treprises vont continuer d'augmenter en 2020 à l'échelle mon-diale, prévoit le leader de l'assurance-crédit Euler Flermes dans son baromètre annuel publié jeudi. Certes à un rythme moins soutenu - la hausse anticipée est de 6 %, après 9 % l'an dernier -, mais plus global. Sur les 44 pays couverts par l'étude - qui représentent 87 % du PEB mondial - quatre sur cinq vont subir une degradation. La raison principale tient « au ralentissement de la croissance mondiale, déjà observé en 2019 et l'effet de la guerre commerciale », explique Maxime Lemerle, directeur de la recherche sectorielle. « Les entreprises sont confrontées à une baisse de la demande et à plus de compétition qui se ressent sur leurs marges, en particulier dans les secteurs industriels », poursuit-il.
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Un zoom géographique montre une prédominance de l'Asie dans les faillites, avec la Chine en première ligne
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Si la France s'en sort mieux que ses voisins européens, 2020 devrait marquer un tournant. C'est la première année depuis 2016 que les défaillances ne baissent pas. Elles devraient stagner, contre une hausse de 3 % en Allemagne et au Royaume-Uni, de 4 % en Italie et de 5 % en Espagne."
Esta semana tive oportunidade de ver em primeira mão o impacte da travagem alemã. Empresas portuguesas sem encomendas, aumento tremendo dos prazos de recebimento entre fornecedores e subcontratados portugueses.

Estar atento ao contexto (oportunidades e ameaças) para não contar com o ovo no cú da galinha.

Trechos retirados de "Les défaillances d'entreprises dans le monde vont continuer à se multiplier en 2020" publicado no Le Figaro de ontem.

quarta-feira, julho 19, 2017

Anónimo da província rules!

Um tema que refiro aqui há anos no blogue: cuidado com a mentalidade da física newtoniana aplicada à economia:
"It’s no mystery why the data used by economists and other social scientists so rarely throws up incontestable answers: it is human data. Unlike people, subatomic particles don’t lie on opinion surveys or change their minds about things. Mindful of that difference, at his own presidential address to the American Economic Association nearly a half-century ago, another Nobel laureate, Wassily Leontief, struck a modest tone. He reminded his audience that the data used by economists differed greatly from that used by physicists or biologists. For the latter, he cautioned, “the magnitude of most parameters is practically constant”, whereas the observations in economics were constantly changing.
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Leontief wanted economists to spend more time getting to know their data, and less time in mathematical modelling. However, as he ruefully admitted, the trend was already going in the opposite direction. Today, the economist who wanders into a village to get a deeper sense of what the data reveals is a rare creature.[Moi ici: Por isso é que este anónimo da província bate nas suas previsões os Sarumans mediáticos fechados nas suas torres de marfim com os seus modelos matemáticos desenvolvidos para a realidade de há 15/20 anos]
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 ideas in economics can go in and out of fashion. The progress of science is generally linear. As new research confirms or replaces existing theories, one generation builds upon the next. Economics, however, moves in cycles. A given doctrine can rise, fall and then later rise again.[Moi ici: Estratégias que resultam num dado período tornam-se tóxicas num período seguinte para renascerem mais tarde. Um dos meus receios actuais, que muitas PME optem por voltar ao preço como o principal factor competitivo, por causa do reshoring massivo.]
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Noting that pure theory was making economics more remote from day-to-day reality, he said the problem lay in “the palpable inadequacy of the scientific means” of using mathematical approaches to address mundane concerns. So much time went into model-construction that the assumptions on which the models were based became an afterthought.
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Leontief thought that economics departments were increasingly hiring and promoting young economists who wanted to build pure models with little empirical relevance. Even when they did empirical analysis, Leontief said economists seldom took any interest in the meaning or value of their data."
 Trechos retirados de "How economics became a religion"

sexta-feira, maio 29, 2015

"política partidária travestida de comentário económico"

No dia 3 de Fevereiro de 2015, uma Terça-feira, escrevi neste blogue:
"Ainda no princípio da semana Nicolau Santos na Antena 1 dizia que não havia investimento em Portugal."
Como ando pelo terreno e contacto com muitas PME indignei-me. O que o senhor diz, é mais motivado por política partidária travestida de comentário económico. Por isso, durante uns tempos alimentei aqui a série "Acerca do investimento (parte VIII)"
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Hoje, encontro "Investimento com maior crescimento desde 1998"

sexta-feira, novembro 11, 2011

Mais paralelismos entre a economia e a biologia

Como gosto de fazer paralelismos entre a economia e a biologia, como ainda ontem fiz aqui,  como não olhar para esta figura:
E pensar em contrafacção, em roubo de marca, design e patentes roubadas...
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LOL quando um lagarto inofensivo usa as cores e tenta passar por um monstro-de-gila para se safar dos predadores... interessante.

segunda-feira, maio 30, 2011

Lapidar e verdadeiro

Segundo o blogue (Im)pertinências, a 5 de Agosto de 2004, o professor João César das Neves no programa «Negócios da Semana» na SIC Notícias terá dito:
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"A economia depende dos dez milhões de portugueses e não dos duzentos palhaços que vão à televisão falar de economia"
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E eu acrescentaria, nem dos quinhentos outros que escrevem nos blogues.

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

O que é Economia para um jornal?

Quem serão os clientes-alvo do Jornal de Notícias?
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A quem é que o jornal se quer dirigir?
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Por que é que essas pessoas adquiririam esse jornal?
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Ontem ouvi na rádio que o Jornal de Notícias tem uma versão ipad... será que quem tem um ipad procura um jornal que na net tem os assuntos que se seguem na sua página de Economia?

Realmente, os temas retratam uma visão socialista da economia ... que raio de jornalismo é este?
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É por isto que o Magno pugna?
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Graças a Deus que existe a net e permite perceber o conteúdo de um jornal, como escreveu Kumar "A melhor forma de matar um mau produto é fazer-lhe muita publicidade"

quarta-feira, agosto 12, 2009

Variedade em vez de uniformidade

Agora, no Verão, quando apanho amoras, não consigo conter-me, em vez de simplesmente apanhar amoras (fruto carregadinho de anti-oxidantes), dou comigo a procurar explicar por que salto de um ponto de colheita para um outro, o que me atraiu no novo ponto se o anterior ainda não estava esgotado?
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Sei que o meu inconsciente está a tentar relacionar este comportamento com o dos clientes que trocam de fornecedor, apesar de estarem satisfeitos com o actual. Contudo, nesta fase do campeonato não sei como vai acabar a coisa.
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Cada vez mais procuro analogias na Natureza para tentar perceber o que pode acontecer no mundo da competição económica.
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Quando olhamos para um habitat rico, atraente, pleno de potencial e vida, o que vêmos? Variedade não uniformidade!
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A variedade traduz-se em resiliência, traduz-se num seguro contra catástrofes que afectem uma espécie (indústria) em particular. Além do mais a variedade aumenta a produtividade já que não vão todos competir pelos mesmos nutrientes nas mesmas quantidades.
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Tudo isto a propósito deste artigo "Debate in Germany: Research or Manufacturing?" É preciso decidir? Quem decide? E essa decisão é a mais adequada para todos os intervenientes?
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Não será preferível deixar essa decisão aos intervenientes individualmente?
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Não será preferível alimentar um ecossistema económico rico em (bio)diversidade?

segunda-feira, maio 11, 2009

Murphy's Law is working around us

Vai fazer mossa por cá também "Economia de Angola deve cair 7,2 por cento" noPúblico de hoje.

quinta-feira, outubro 16, 2008

Cuidado (parte II)

Em Março passado escrevemos neste blogue:
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"No limite pode acontecer, sair duma crise estrutural e cair numa crise conjuntural."
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Nos tempos que correm, algumas empresas ainda estarão a definhar em virtude de um desajustamento estrutural: ausência de estratégia; proposta de valor aleatória; produtos errados para os clientes errados; ... se ainda não morreram, vão morrer de anorexia, vítimas do Red Queen Effect.
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Acredito que muitas mais estarão em crise, também, mas por efeito da conjuntura que estamos/vamos atravessar.
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Por exemplo no artigo "Hello, customers. Are you out there?":
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"Several retailers said sales of expensive fashion, especially clothes, had come to a standstill at the end of September. At the shows in Paris, some executives said spring orders would be cut by as much as 10 percent overall,"... E se os nossos clientes (as lojas) não vendem...
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No entanto, há que continuar a procurar soluções: "While retailers acknowledged that they were likely to place smaller orders this season, several said they were at the same time looking for directional fashion — something that will appeal to customers' emotions — rather than making safe choices that may not even inspire them to walk into a store"
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Isto a propósito do artigo "Exportações no sector têxtil caem a pique", assinado por Jennifer Mota e incluído no último número do semanário Sol.
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"O mercado espanhol, que vale um quarto das exportações nacionais, é o que mais se tem retraído, 'arrastando' as vendas da indústria portuguesa."
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"Depois de o sector se ter remodelado para ser mais competitivo e minimizar o impacto da concorrência asiática, em 2007 a ITV portuguesa conseguiu um desempenho positivo, com um crescimento das exportações de 4.2% para os 4.3 mil milhões de euros (mais de 70% da produção). Agora, debate-se com a retracção do consumo."
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Quando se secreve um artigo sobre a realidade têxtil nacional tem de se ter o cuidado de não misturar as duas realidades, crise estrutural e crise conjuntural.
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Não é coerente escrever um artigo que refere o sucesso da reconversão do têxtil português (70% da produção para exportação é obra) com base em dados estatísticos, e depois, quando se dá a palavra, quando se refere o discurso directo dos industriais, tudo indica que é de representantes das empresas que não se reconverteram. Por exemplo:
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"Estamos a trabalhar cada vez mais e a ganhar cada vez menos, porque o preço é definido à partida pelo cliente, que está disposto a pagar cada vez menos." (Eis o Red Queen Effect em todo o seu esplendor)
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Preço é uma coisa, valor é outra coisa muito diferente. Uma empresa que não consegue vender valor está refém do preço. Empresas que se reconverteram não se queixam do preço, queixam-se de encomendas mais magras.
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E ainda, em Portugal é impossível ter uma discussão de negócios em que o elemento étnico não entre:
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"bastava que houvesse um verdadeiro controlo de qualidade aos produtos que a Europa importa para percebermos que não estamos a competir de igual para igual"
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Ou seja, só em Portugal é que temos empresas que produzem bem, é que temos empresas que fabricam, por exemplo, malhas que não encolhem dramaticamente após a 1ª lavagem. Faz lembrar o leite, os ganadeiros portugueses dizem que o leite importado de Espanha não presta, os galegos retribuem e dizem que o leite importado de Portugal não presta, e para a pesca é a mesma coisa, e...

terça-feira, julho 15, 2008

E se este cenário...

Evolução da economia europeia no Diário Económico de hoje.
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... for o resultado de correntes estruturais e não só de forças conjunturais?
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Como está a Ásia?

quarta-feira, julho 02, 2008

Diversidade, diversidade, diversidade

Os partidários de Kepler (pré-Brahe), os crentes no Grande Planeador, os defensores do Grande Geometra, acreditam que um governo tem a capacidade para saber quais são os sectores do futuro, tem a clarividência e o acesso a informação total e completa sobre o futuro.
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Já aqui citei várias vezes Hamel e Valikangas no artigo "The quest for resilience" na Harvard Business Review em Setembro de 2003:
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"Life is the most resilient thing on the planet. I has survived meteor showers, seismic upheavals, and radical climate shifts. And yet it does not plan, it does not forecast, and, except when manifested in human beings, it possesses no foresight. So what is the essential thing that life teaches us about resilience?
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Just this: Variety matters. Genetic variety, within and across species, is nature's insurance policy against the unexpected. A high degree of biological diversity ensures that no matter what particular future unfolds, there will be at least some organisms that are well-suited to the new circumstances."
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Nesta linha encontrei o artigo "Economic Diversification":
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"GDP should be distributed across economic sectors"
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"Poor economic diversity is linked to low productivity and competitiveness.
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High economic concentration leads to volatile growth and fluctuating economic cycles.
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Volatility in concentrated economies may spawn structural unemployment issues and engender systemic risks."
External trade (exports of goods and services) helps reduce economic volatility.

terça-feira, junho 24, 2008

Nas costas dos outros vejo as nossas

A situação da economia espanhola não é nada famosa, ou como diz o autor:
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"So the bottom line is that Spain is headed straight towards a crash on the two biggest global issues of the moment, the credit crunch and oil."
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Ainda há dias fomos bombardeados com os números comparativos dos aumentos salariais na Europa, Portugal e a Alemanha num extremo, no outro, o dos aumentos mais generosos, a Espanha. Depois:
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"Since domestic demand is no longer going to drive the Spanish economy the undelying issue now is basically Spain's lack of competitiveness in exports"
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A verdade é que há uma série de anos que as exportações portuguesas têm tido um comportamento superior ao das espanholas.
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Interessante a imagem dos alemães como sendo para nós, portugueses, espanhóis e gregos, o equivalente ao Japão e China para os EUA.
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"Has Spain Contracted The Artemio Cruz Syndrome?"
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Definitivamente... não é bonito de se ver.
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Ah... e não se esqueçam de ler os comentários no final.

quarta-feira, maio 14, 2008

Como ultrapassar os "pozinhos" de Peres Metelo

Basta tratar Março-Abril como uma unidade e comparar os homólogos.
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O primeiro gráfico deste postal no "The Big Picture" é eloquente. O peso da gasolina e das mercearias... tudo o resto down, down, down.

terça-feira, maio 06, 2008

Economia e biologia, o mesmo desafio evolutivo

Por vezes sinto que andamos todos em busca do mesmo Santo Graal só que por caminhos diferentes, com linguagens diferentes, com disciplinas e amostras diferentes.
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Eric Beinhocker no seu fabuloso livro "The origin of wealth" compara a economia com a biologia:
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“Economic wealth and biological wealth are thermodynamically the same sort of phenomena, and not just metaphorically. Both are systems of locally low entropy, patterns of order that evolved over time under the constraint of fitness functions. Both are forms of fit order. And the fitness function of the economy – our tastes and preferences – is fundamentally linked to the fitness function of the biological world – the replication of genes. The economy is ultimately a genetic replication strategy. It is yet another evolutionary Good Trick, along with leopard camouflage, bat radar, and fruit-fly eyes. The economy is a massively complex Good Trick built on the complex Good Tricks of big brains, nimble toolmaking hands, cooperative instincts, language, and culture.”
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Ontem, dei de caras com este artigo sobre biologia e eco-sistemas de plantas e produtividade de biomassa: "Plant diversity and ecosystem productivity: Theoretical considerations" de David Tilman, Clarence Lehman e Kendall Thomson.
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É impressionante como estes trechos têm tudo a ver com o desafio estratégico das organizações, com o seu posicionamento competitivo, e no entanto são sobre a competição de plantas, de vegetais:
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"As the simplest possible case consider homogeneous habitats in which all species compete for and are limited only by a single resource (o recurso escasso para as organizações são os clientes), and in which all individuals experience identical resource concentrations at any given moment. According to resource competition theory, of all the species initially present in a habitat, the one species with the lowest requirement for the resource would dominate at equilibrium, displacing all other species. The resource requirement of each species is measured by its R*, which is the concentration to which the resource is reduced by an equilibrial monoculture of that species. Although all habitats become monocultures at equilibrium (só que na economia o equilibrio dura pouco tempo), it is instructive to ask how initial species diversity influences their equilibrial total plant biomass and nutrient use. The answer, derived in
mathematical detail below, is that, on average, total plant biomass increases with diversity because better competitors produce more biomass and because the chance of having better competitors present increases with diversity. Let the species pool be a collection of plant species that are identical in all other ways but differ in their R* values. In any community selected from this species pool, the one species with the lowest R* would reduce the resource concentration to its R*, competitively dominate the community, and ultimately determine total plant biomass and resource use. In this model, better competitors produce more biomass because they obtain more of the limiting nutrient."
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E ainda:
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"On average, ecosystems started with sufficiently low diversity could experience net losses of nutrients, i.e., declines in soil fertility." Ou seja, sem diversidade de estratégias o destino é o declínio soviético.
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"In a habitat in which supply rates of these nutrients are spatially heterogeneous, no species would be competitively superior throughout the entire habitat. Rather, each species would leave sufficient unconsumed resources in regions away from its optimum ratio that some other species could invade and persist there."
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Pode-se aprender nos locais mais inesperados.

terça-feira, março 25, 2008

Cuidado

Felizmente nos últimos meses têm sido cada vez mais comum encontrar artigos como este, do Público de hoje, "Exportações de sapatos atingem os 70 milhões de pares e chegam ao nível mais elevado das últimas duas décadas", assinado por José Manuel Rocha.
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"A Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS) salientou ontem, em comunicado, que os dados de 2007 mostram que, pela primeira vez na sua história, o sector exportou 90 por cento da sua produção global. A União Europeia, no seu conjunto, continua a absorver a parte de leão das exportações portuguesas (65 milhões de pares)."
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Como temos referido aqui no blogue, vários sectores industriais estão a dar a volta, a micro economia está a resolver os seus problemas concretos.
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No entanto, ainda estou para perceber quais podem ser as consequências secundárias da evolução do dolar. No imediato temos este efeito: "A APICCAPS verifica que, fora da Europa, a capacidade de penetração dos sapatos portugueses está a sofrer com a sucessiva desvalorização do dólar. Para os EUA, as vendas de calçado português regrediram 37,4 por cento em 2007, para 600 mil pares. "Há ainda a registar quebras nas exportações para o Canadá e o México", assinala a associação."
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Chamo consequências secundárias a isto: "Beware of false arguments: The strong euro will hurt"
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Penso que era Séneca que defendia que os humanos suportam melhor as frustrações para as quais se preparam, e que compreendem. E sofrem mais com as que não esperavam nem entendem.
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No limite pode acontecer, sair duma crise estrutural e cair numa crise conjuntural.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Uma economia sustentável (parte II)

dias escrevi isto:

"É assim, posso estar, e estou, de acordo com o discurso de Larry “The Liquidator” Garfield. Contudo, algo me diz que por vezes, esta abordagem pode por em causa, um trabalho de fundo, um investimento de longo prazo na "nata" do mercado, na proposta de valor da inovação."

Tom Peters, entretanto, põe o mesmo tipo de paradoxo em cima da mesa.

segunda-feira, setembro 17, 2007

Hoje em dia a única coisa estável é a instabilidade.

“Vivemos um tempo em que a estabilidade da economia só é possível à custa da instabilidade dos trabalhadores,”

Boaventura Sousa Santos, Visão (2 de Agosto de 2007).

Uma empresa que vive à custa da instabilidade dos trabalhadores é uma empresa condenada ao fracasso e à pobreza. Porque as pessoas fazem, ou podem realmente fazer a diferença! E a exploração dos trabalhadores não é uma vantagem competitiva.

Em economia devíamos promover a eutanásia, empresas fracassadas deviam ter um final rápido, e não uma vida estatalmente assistida, que nos empobrece a todos.

Assim, as mensagens do mercado circulariam muito mais rapidamente e, melhores decisões de investimento e desinvestimento seriam tomadas.

Mas será que vivemos um tempo de estabilidade da economia? Mas será que vivemos um tempo de estabilidade das empresas?

Desde o fim do condicionamento industrial, desde o fim das barreiras alfandegárias, desde o fim da desvalorização contínua do escudo, desde a queda do Muro de Berlim, desde a adesão da China à Organização Mundial do Comércio, desde a adesão dos países da Europa de Leste à EU, desde… nunca mais vivemos tempos de estabilidade. E tudo leva a crer que a instabilidade é cada vez mais a rotina.