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quinta-feira, setembro 28, 2023

A dolorosa transição ao vivo e a cores

O FT de ontem trazia um delicioso artigo sobre a mudança no Japão, e a falta dela no nosso país, "Japan chip plant sends 'shock' through economy".

O artigo refere o impacte da instalação de uma fábrica de chips da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company numa região longe das grandes metrópoles, na ilha de Kikuyo nos arrabaldes da prefeitura de Kumamoto.

E a pensar no que aqui costumo escrever sobre a necessidade de investimento directo estrangeiro para nos ajudar a dar saltos de produtividade e romper com redes de compadrio:

"The changes in Kumamoto also offer a microcosm of the broader challenges for Asia's most advanced economy after a long period of stagnant growth and employee wages. From a severe labour shortage to infrastructure constraints, TSMC's arrival is forcing Japan to confront problems that have been simmering for years.

"We call it the TSMC shock, but I think this is a huge opportunity to change the structure of Japanese society and economy," said Kazufumi Onishi, mayor of the city of Kumamoto. "To put it another way, we need this kind of shock to change.""

Agora o impacte nos salários, no emprego (o efeito Flying Geese):

"TSMC posted job adverts in the spring for engineers, offering monthly wages roughly a third higher than the average for college graduates at local manufacturing companies. Its plant in Kumamoto is expected to create 1,700 high-tech professional jobs.

TSMC said salaries were benchmarked against those at similar technology companies to be competitive, adding that it was confident Japan would provide "outstanding recruits". 

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But for local businesses, the sudden boost in wages sparked by TSMC has accelerated a trend for younger employees to switch jobs more frequently to seek higher pay and better working conditions amid a shortage of workers. [Moi ici: Quem diria... *alerta de ironia]

Minimum wages in Kumamoto are among the lowest in Japan, and about 40 per cent of its high school graduates seek jobs elsewhere.[Moi ici: Onde é que nós estamos habituados a ver isto na Europa?]

Kongo, a Kumamoto-based manufacturer of storage systems, has lost about 5 per cent of its 300 workers over the past year, some to TSMC and other semiconductor-related companies.

"It's easy to blame TSMC when our employees change jobs," said Toshihiko Tanaka, chief executive of Kongo, who is also chair of the Kumamoto Industrial Federation. "But the movement of employees is an inevitable trend and we need to change our mindset to focus on how we can raise the performance of each individual as our workforce shrinks.""[Moi ici: Se fosse por cá estaria a ouvir um pedido de apoio qualquer, afinal estamos no país do Chapeleiro Louco. Este choque para as empresas incumbentes é a tal dolorosa transição que tem de ocorrer para se passar ao nível seguinte da produtividade]

sábado, dezembro 10, 2022

Que resultados e que comportamentos? (parte II)

 Outro bom conselho retirado na continuação de Que resultados e que comportamentos?

"Changes to underlying structures and systems such as these [Moi ici: Por exemplo um novo Sistema IT]  take time to show a return and so this work needs to be started early. Indeed, one of the important lessons from the Ideal Case is that, if these more fundamental changes are not made early on in the change, the danger is that they will never happen.

There are two reasons for that. First, because it's only in the early stages of the change that enough political will exists in the business to embark on changes this big and expensive. If you leave this more difficult work until later in the change, this political will may have waned - as might the enthusiasm (and budget) for the hard grind of this unglamorous kind of work

The second reason has to do with how long the results from this kind of fundamental change take to emerge. Unless you start the unglamorous work on data and systems early, the results may not have come through by the time leaders are starting to get impatient

Because this was a big change, he was clear that we'd need to be much more experimental than maybe we'd been in the past, where we'd expected everything to work first time. We were going to have to try, learn and try again. He was really big on that. And we were going to have to share good ideas openly across teams."


segunda-feira, agosto 02, 2021

Para reflexão

"The era of export is coming to an end. Instead of making and sending goods, it becomes a trend to send money and data to make and supply goods locally. It means that the world is ending in a world where labor is cheap and raw materials are cheap.

The world economy in the era of the so-called 'post-corona' as predicted by German business thinker Dr. Hermann Simon.

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"The era of hyper-globalization, when exports amounted to twice the GDP (gross domestic product), is over, and we are now entering the era of de-globalization. “As local production increases through FDI (foreign direct investment), exports will decrease, and the restructuring of the global economy will accelerate accordingly,” he said.

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“Companies have learned how easily global supply chains can collapse (due to a pandemic). An alternative is to set up a production base overseas where raw materials and parts can be directly supplied, and operate it through an independent local corporation. In other words, instead of investing in the country where the head office is located, we invest overseas where there are demand sources or raw materials. 

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In the past, it was not easy to set up a high-tech factory abroad. However, advances in advanced technologies such as 5G (5th generation mobile communication) and 3D (3D printer) are making this possible. “It is now possible to send data in real time to make things (with 3D printers) in factories on the other side of the world. There is no longer any need for products to be moved between countries. This means that the global supply chain (GVC) can be reorganized to be the center of the data flow (rather than the flow of parts and raw materials).”


Dr. Simon said, "These days, quite a few CEOs (CEOs) say that it is 'like a miracle' when they see companies running well without business trips or face-to-face meetings." This experience is not just a surprise, but leads to a 'sympathy' between the business owners and professional managers that 'it is okay to give more autonomy to overseas branches and manpower'. “It doesn't matter where the headquarters is anymore. Now, the important thing for CEOs of global companies is to find a region that is optimized for 'the industry we are good at'."

Trechos retirados de "“The era of living on exports will end after Corona,” a world-class business scholar warns

quinta-feira, janeiro 23, 2020

O ideal

"Uma das grandes vantagens do investimento estrangeiro é o know-how que traz. Gosto do investimento estrangeiro para aprendermos com eles, não para eles aprenderem connosco. O capital estrangeiro torna a economia portuguesa mais produtiva e exportadora. É o caso dos investimentos da Autoeuropa, da Bosch, aqui em Braga, ou da Ikea, entre outros. Mas duvido que tenhamos muito a aprender com o capital angolano, a não ser, claro, sobre como capturar governos."
O ideal era termos um enquadramento legal e fiscal que não obrigasse o investimento estrangeiro a ter de negociar condições especiais com o governo de turno.


Trecho retirado de "Ao menos os ratos abandonam o navio, não o afundam" no Público de ontem.

quinta-feira, setembro 29, 2016

Acerca da evolução do investimento

Este fim de semana tive acesso ao caderno de Economia do semanário Expresso de 3 de Setembro último. Nele encontrei um artigo interessante, "Investimento nunca foi tão empresarial".
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Uma informação relevante é esta:


No 4º trimestre de 2010 o investimento público representava 49% de todo o investimento. (Era o tempo da orgia pedida pelo Nabo e que insuflou a dívida soberana portuguesa a uma velocidade vertiginosa) Nesse mesmo trimestre, o investimento das empresas representava 28%.
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Já este ano, no 1º trimestre de 2016, o investimento público representou 8% de todo o investimento.  Nesse mesmo trimestre, o investimento das empresas representava 69%. Esta evolução do investimento das empresas justificou esta série que continua com "Ministro da Economia: Investimento estrangeiro na indústria cresceu 70% este ano"
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O investimento público em 2016 representa, em valor, menos 55% que o de 2008. Já o investimento das empresas em 2016 representa, em valor, menos 30% que o de 2008. O valor do investimento das empresas atingiu o valor mais baixo em 2013 e tem crescido desde então.

BTW, estranho que o ministro Caldeira Cabral, ministro de um governo socialista, tradicionais defensores do investimento público, reconheça:
""Houve um aumento de 70% do investimento estrangeiro na indústria transformadora no primeiro semestre", disse Manuel Caldeira Cabral no Parlamento esta quarta-feira, 28 de Setembro. "Este é investimento produtivo que cria emprego"."
Bem, portanto, Caldeira Cabral ao reconhecer que muito do investimento público é torrefacção de de dinheiro impostado aos contribuintes, para fazer número e/ou para masturbação intelectual dos ministros, não criando nem emprego nem retorno.

domingo, agosto 30, 2015

Analogia com um outro tempo

"o investimento que apareceu, quase todo extracomunitário, apostou sobretudo na compra de grandes empresas já existentes (PT, EDP, REN, Cimpor, Efacec, BESI, Luz Saúde, Fidelidade, etc.) e não em novas empresas que pudessem ser estruturantes para o tecido produtivo nacional, como foram os investimentos nos anos 80/90 da Renault e da Ford/Volkswagen para o nascimento da indústria nacional de componentes para automóveis"
O que aconteceu entretanto no mundo?
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Qual o impacte da China?
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Qual o impacte da reformulação das cadeias de fornecimento?
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Recordar o exemplo da Malásia versus a Coreia do Sul em "O offshoring mudou o mundo".
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Não podemos esperar que aquilo que era possível nos anos 80/90 continue a ser a melhor opção na segunda década do século XXI.
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Trecho retirado de "Algo de novo no investimento"

sexta-feira, maio 29, 2015

"política partidária travestida de comentário económico"

No dia 3 de Fevereiro de 2015, uma Terça-feira, escrevi neste blogue:
"Ainda no princípio da semana Nicolau Santos na Antena 1 dizia que não havia investimento em Portugal."
Como ando pelo terreno e contacto com muitas PME indignei-me. O que o senhor diz, é mais motivado por política partidária travestida de comentário económico. Por isso, durante uns tempos alimentei aqui a série "Acerca do investimento (parte VIII)"
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Hoje, encontro "Investimento com maior crescimento desde 1998"

quinta-feira, abril 23, 2015

Conversa mole é em todo o lado

Quando ouvimos aquela conversa mole dos CEO das empresas grandes cá em Portugal, somos levados a pensar que só por cá é que aqueles discursos de ocasião sobre estratégia são conversa da treta.
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Oh, wait!
"Most companies allocate the same resources to the same business units year after year. That makes it difficult to realize strategic goals and undermines performance."
E porquê?
"Why do so many companies undermine their strategic direction by allocating the same levels of resources to business units year after year? The reasons vary widely, from the very bad - companies operating on autopilot - to the more sensible. After all, sometimes it’s wise to persist with previously chosen resource allocations, especially if there are no viable reallocation opportunities or if switching costs are too high.
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For the most part, however, the failure to pursue a more active allocation agenda is a result of organizational inertia that has multiple causes."
Trechos retirados de "How to put your money where your strategy is"

terça-feira, março 03, 2015

Acerca do investimento (parte VIII)

Parte I, parte IIparte IIIparte IVparte V, parte VI e parte VII.
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No passado fim de semana, no último número do semanário Expresso encontro "O regresso da fiação", com notícia do investimento de 14 milhões de euros da Mundifios:
""Somos uma trading por vocação, mas detectámos uma oportunidade no mercado para produzir fios de moda e fios técnicos. Percebemos que a procura é muito superior à oferta e os clientes precisam de ter este produto disponível para entrega rápida porque estão a trabalhar com moda e pequenas séries. Encontrámos uma forma de nos destacarmos da concorrência e completar a gama de produtos que oferecemos com qualidade e escala"". 
Depois de anos e anos de razia no sector, um exemplo do regresso da fiação. Estão a ver a proposta de valor?

  • Fios de moda e fios técnicos;
  • Entrega rápida; e
  • Pequenas séries.
Um clássico deste blogue. O poder da proximidade, o poder das pequenas quantidades, o poder da flexibilidade e rapidez.

terça-feira, fevereiro 17, 2015

Acerca do investimento (parte VII)

Parte I, parte IIparte IIIparte IVparte V e parte VI.
"A tradição de atracção de investimento estrangeiro, designadamente de grandes multinacionais, já é antiga. A novidade agora reside no interesse que as PME europeias estão a revelar pelo país."

E como aqui se recomenda:
"Importante é também a capacidade de adaptação das empresas nacionais, cada vez mais apostadas ao fabrico de produtos de alto valor acrescentado, como são as peças técnicas vendidas para a indústria automóvel, aeronáutica e nuclear, entre outras.
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[Moi ici: BTW]“A indústria metalomecânica portuguesa nunca foi protegida, nem a nível nacional, nem comunitário, mas isso tornou-nos mais fortes”,"







quinta-feira, fevereiro 12, 2015

Acerca do investimento (parte VI)

Parte I, parte IIparte IIIparte IV e parte V.
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Mais exemplos da mudança em curso no país e que conseguem chegar aos media:

E se isto tiver pernas para andar "Qual o melhor país para investir? "Portugal", diz Nobel da Economia"?


segunda-feira, fevereiro 09, 2015

Acerca do investimento (parte V) e custo da oportunidade

Parte I, parte II, parte III e parte IV.
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Mais exemplos da mudança em curso no país "Clientes estrangeiros pressionam produtores de frutas e legumes a aumentar produção":
"Os produtores de frutas e legumes vão aumentar as áreas de produção em 2015 para responder aos pedidos de clientes estrangeiros. A expansão do terreno para cultivo chega, em alguns casos, a quintuplicar e há planos de investimento na produção de mirtilo, cebola, alhos ou uvas."
Reparar que se trata de um perfil que nada tem a ver com aquilo de que a CAP falava e defendia.


A propósito do que escrevem no artigo sobre os alhos, 90% do alho consumido em Portugal é importado, por acaso há pouco tempo, reparei num Continente que os alhos bonitos que ia comprar eram chineses. Pára tudo! Alhos made in China!? Nem pensar. Lá encontrei outros, franceses ou marroquinos e, só por fim é que encontrei uns, com a pior embalagem e o pior aspecto, cheios de casca seca a desfazer-se e a separar-se... nem reparei no preço, escolhi-os. Convenci-me que o pior aspecto era da rusticidade do produto e sinal de pouca engenharia de "mar del plastico".
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BTW, este artigo é um bom exemplo de como a noção de custo de oportunidade é difícil de perceber. Conseguem perceber o problema da jornalista com o facto de se apostar em culturas para exportação em vez de substituir importações?
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Quer que se siga o manual da CAP e produzir cereais a preços não competitivos?

sexta-feira, fevereiro 06, 2015

Estratégia e Acerca do investimento (parte IV)

Mais um exemplo de uma PME que cresceu cerca de 8% em 2014 e aumentou as suas exportações em "Indústria: O Dragão que tem um armário cheio de diamantes".
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Qual o truque? Qual a orientação estratégica?
"O processo de produção começa com a mistura de materiais, que tanto podem ser diamantes, como outros que têm igualmente um poder abrasivo. "Vendemos soluções específicas para clientes, à medida. Fugimos de tudo o que são grandes séries e produções", explicou o empresário. Tanto podem ser pequenos e grandes discos, como mós mais pesadas. A empresa, que sofreu com o processo de globalização iniciado nos anos 90, sabe que o segredo está em actuar em segmentos de nicho e isso também é possível nos abrasivos.
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Por isso, a empresa faz alguns projectos de colaboração com outras empresas e universidades para o desenvolvimento de novos materiais. [Moi ici: Ora aqui está um desafio estratégico interessante. O mindset da empresa, da sua produção, dos seus comerciais é a intimidade com o cliente, é o trabalhar à medida. Até que ponto uma spin-off, a Frostec, poderia trabalhar numa outra proposta de valor, a superioridade técnica, com uma equipa diferente e um mindset diferente] "No ano passado fizemos o lançamento de unia família nova de produtos, a finalização de um projecto de colaboração com a Tecminho, que foi financiado pelo QREN [Quadro de Referência Estratégico Nacional], e estamos na fase de aprovação industrial de uma família nova de produtos de diamante", explicou o empresário. No primeiro caso, o produto é um abrasivo que funciona através do frio e a que deram o nome de Frostec"
No seguimento da parte III, mais um exemplo singelo do que está a acontecer em muitas PME, o atingir do limite da capacidade:
""Se a taxa de crescimento continuar a ser como foi em 2014, e como prevemos que continue a ser em 2015, temos de fazer um investimento em capacidade produtiva", realçou o sócio--gerente da empresa" 

quarta-feira, fevereiro 04, 2015

Acerca do investimento (parte III)

Parte I e parte II.
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Depois deste exemplo, questiono-me se Nicolau Santos lê o Expresso.
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Semanário Expresso de 24 de Janeiro último, Duas páginas dedicadas ao têxtil-lar, sublinho têxtil-lar, não é o mesmo têxtil da parte I, com o título "À conquista da América" e sub-título "Oito têxteis a investir de olhos postos nos EUA":

  • Lameirinho - vai investir €10 milhões em equipamento (espera crescer 5 a 10% em 2015, já reforçou o quadro de pessoal em mais 20 pessoas)
  • Piubelle - adquiriu novos teares no ano passado (duplicou a facturação em 2013, cresceu 20% em 2014 e teve de recusar encomendas por falta de capacidade, espera crescer mais 20% em 2015, já reforçou o quadro de pessoal em mais 40 pessoas)
  • Sampedro - investiu €0,5 milhões no ano passado e espera investir este ano 1,4 milhões em equipamento (cresceu 21% em 2014, espera crescer 7% em 2015, espera reforçar o quadro de pessoal em mais 10 pessoas)
  • Têxteis Penedo - investiu mais de €1 milhão em equipamento (cresceu 15% em 2013, 7% em 2014 e espera crescer 7% em 2015)
  • Tecidos Carvalho - investe anualmente  €1 milhão em equipamento (cresceu 40% em 2013, 17% em 2014, espera crescer 8% em 2015 e já teve de recusar encomendas este ano, reforçou o quadro de pessoal em 35 pessoas nos últimos dois anos)
  • JPF - investiu na modernização de equipamentos em 2014, cerca de €1,5 milhões, e vai investir €2 milhões em 2015 (cresceu 15% em 2014 e espera crescer 15% em 2015 e já tem linha de produção de roupa de cama toda tomada para 2015, vai reforçar o quadro de pessoal em 15 pessoas nos últimos dois anos)
  • Sorema - investiu €300 mil em equipamentos em 2014 (cresceu 8% em 2014 e espera crescer 8% em 2015)
  • Bom Dia - vai investir €1,2 milhões em 2015 (cresceu 40% em 2013-14 e espera crescer 7 a 10% em 2015 e já tem linha de produção de roupa de cama toda tomada para 2015)
Investimento bom, por oposição ao investimento mau das 3 autoestradas Porto-Lisboa ou das SCUT ou dos estádios, ou do aeroporto de Beja, ou de ...

terça-feira, fevereiro 03, 2015

Acerca do investimento (parte II)

Parte I.
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No semanário Expresso do passado dia 24 de Janeiro, encontrei o texto "Ginásios de nova geração em Portugal a €20 por mês" [Moi ici: O título é enganador porque esse é só um dos segmentos abordados no artigo]
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A certa altura pode ler-se que a cadeia espanhola Go Fit investiu num projecto em Lisboa, em torno da piscina municipal dos Olivais (que foi recuperada), cerca de 10 milhões de euros:
"refere o responsável da  Go Fit, que investiu neste projecto 10 milhões - e vai investir outros tantos na piscina do Campo Grande"
Depois, outro exemplo:
"Também a Supera, a maior rede de ginásios espanhóis, se prepara para entrar em Portugal, tendo investido 8 milhões na piscina municipal do Areeiro, que esteve 12 anos fechada"
Ainda mais:
"a Fitness Hut levou uma injecção de €8 milhões do fundo Oxy Capital com vista a acelerar a sua expansão" 
Também:
"A Solinca vai abrir em fevereiro um ginásio com três mil metros quadrados em Alfragide"
Ainda no princípio da semana Nicolau Santos na Antena 1 dizia que não havia investimento em Portugal. Claro, Nicolau Santos olha para as estatísticas e não vê lá os milhões torrados numa A32, ou A17, ou nos estádios de futebol, ou nas SCUT, por isso, clama contra a falta de investimento. Contudo, investimento como este é muito mais importante e poderoso, não sai do bolso dos contribuintes actuais e, sobretudo, futuros.
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BTW1, mais um sector em que 2014 foi o melhor ano de sempre... e não estamos a falar de um sector transaccionável:
"Após os "anos penalizantes" de 2010 a 2012, em que muita gente deixou de frequentar ginásios, voltou a febre pelo exercício. "Muitos ginásios tiveram o melhor ano de sempre em 2014", adianta Armando Moreira, vice-presidente da Associação De Ginásios e Academias de Portugal (AGAP)."
BTW2, pena que a câmara municipal do Porto, entretida com a herança que recebeu, não tenha arranjado um investidor privado, com dinheiro próprio, para aproveitar a piscina municipal de Campanhã.
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Continua.

segunda-feira, fevereiro 02, 2015

Acerca do investimento (parte I)

No último "Inquérito de Conjuntura ao Investimento - Inquérito de Outubro de 2014" do INE leio:
"De acordo com as intenções manifestadas pelas empresas no Inquérito de Conjuntura ao Investimento de outubro de 2014 (com período de inquirição entre 1 de outubro de 2014 e 19 de janeiro de 2015), o investimento empresarial deverá apresentar uma taxa de variação nominal de -2,2% em 2015. Os resultados deste inquérito apontam ainda para um aumento de 1,0% do investimento em 2014, traduzindo uma revisão em baixa face às perspetivas reveladas no inquérito anterior (variação de 2,4%)."
Entretanto, também li:
"Portugal saca partido al retorno de la producción. La industria textil del país está rozando el límite de su capacidad, hasta el punto que hay fábricas que no pueden aceptar más pedidos. A pesar de las crisis que han azotado al sector en la última década (la de la liberalización del comercio textil y la financiera), el textil en Portugal ha mantenido su estructura y se ha sabido adaptar a una nueva demanda de series cortas y con elevado valor añadido."
Ou seja:
"El presidente de ATP asevera que la actividad del sector está cerca del pleno rendimiento y asegura que, en el primer semestre de 2014, llegó incluso a alcanzar su máxima capacidad. Fue entre enero y junio del año pasado, cuando Vaz constata que hubo talleres que tuvieron que rechazar pedidos. En el segundo semestre del año, esta situación se relajó. Sin embargo, el sector mantiene las expectativas altas para 2015.
...
En 2014, a raíz del incremento de la demanda, la inversión se reactivó, sobre todo en maquinaria y estructura. Según el directivo, en 2015 se espera que esta tendencia se mantenga."
Trechos retirados de "Portugal saca partido al retorno de la producción: la industria textil roza el límite de su capacidad"

Continua.

quarta-feira, março 12, 2014

Bottom-up e skin in the game

Enquanto uns, crentes no Grande Geometra e no top-down, pedem programas de "crescimento" para os do costume assarem sardinhas com o lume dos fósforos. No entretanto, outros, com skin in the game, tratam da sua vida e animam a economia de forma sustentada e bottom-up:

BTW, recordar "Acerca do investimento"