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sábado, agosto 05, 2023

Quando acaba o dinheiro barato (parte II)

 Quando acaba o dinheiro barato ...

"If current trends continue, more VC- or private equity-backed startups will fall into bankruptcy this year than at any point since 2010.

In the first half of 2023, 338 U.S. companies filed for bankruptcy protection, according to newly released S&P Global Market Intelligence data, including 54 companies with private equity or venture capital backing. At that rate, 108 VC-backed startups will fail by year's end, besting the 95 that failed during 2010.

Why is this happening? Highly leveraged companies are dealing with headwinds they didn't face just a year ago. Because of rate hikes by the Federal Reserve, they're paying higher interest rates on loans. And it's become increasingly difficult to secure new money from investors. As a result, some companies can't bring in enough revenue to keep the business moving toward profitability and eventually a lucrative exit for their backers."

Trecho retirado de "Venture-backed startups are failing at record rates

sexta-feira, julho 28, 2023

Quando acaba o dinheiro barato

Muitas vezes ao longo dos anos tenho referido aqui no blog esta figura que criei em 2008:


Por exemplo:
Quando o preço do dinheiro desce, a rentabilidade necessária para um projecto sobreviver baixa, e vice versa. Vivemos mais de uma década de dinheiro barato... quais as implicações para os negócios habituados a baixo rentabilidade?

O NYT de ontem chama a atenção para o tema em "Corporate Debt Was Cheap, But Economy May Pay Price":
"Companies loaded up on cheap debt during an era of superlow borrowing costs to help finance their operations. The Fed has since lifted interest rates to a range of 5.25 to 5.5 percent from near zero, where they were as recently as March 2022.

The fear is that as debt comes due and businesses still in need of cash are forced to renew their financing at much higher interest rates, bankruptcies and defaults could accelerate. That risk is especially pronounced if the Fed keeps borrowing costs higher for longer - a possibility that investors have slowly come to expect.
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The bankruptcies that have happened this year haven't seriously dented the economy so far. But analysts have warned they are symptomatic of the excesses that developed during a decade of historically low interest rates. And financial stress is unpredictable, so it poses a wild-card risk for the Fed as it tries to tame inflation. It hopes to do that without causing a recession.
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As higher rates last, “more and more corporations will need to refinance into a higher-rate environment,”
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But in a sign of the uncertainty over the severity of debt distress on the horizon, the Moody’s forecast also suggested that in a “severely pessimistic” scenario defaults on risky debt could jump to 13.7 percent in a year, higher than the 13.4 peak reached during the 2008 financial crisis."

sexta-feira, fevereiro 28, 2020

Volume is vanity profit is sanity

Ontem à noite li "Prejuízos da Farfetch mais do que duplicam em 2019 para 373 milhões de dólares". Entretanto, de tarde tinha lido "Is Silicon Valley’s Love Affair With Direct-to-Consumer Brands Over?":
"When investors of the direct-to-consumer shoe brand Birdies pressured the start-up to burn through the $10 million it raised by buying more online ads and doubling the employee headcount, founders Bianca Gates and Marisa Sharkey resisted.
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“Our investors [were] like, ‘Spend the money!’ and intuitively, we were like, ‘This is silly,’” Gates told BoF. “Why grow faster if it costs us more to acquire customers than to sell the product?
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But the sentiment among investors seems to be shifting, Gates said. “It was like a one-eighty. Now more than ever, there’s pressure to show profitability and product-market fit.”
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Few startups in the product category have been able to secure lucrative exits for their investors. Many are stuck on a cycle of aggressive forced growth, followed by fundraising higher and higher rounds to facilitate that growth — all without regard to profit.
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“You have this double whammy of increased customer acquisition costs and more competition, and this combination can be deadly,”
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As a result, venture capitalists — especially those investing in later stages — are shifting their strategy to invest more cautiously, favouring profit over revenue and organic marketing over Instagram ads, industry sources say.
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As valuations drop, the metrics that determine these figures are also shifting. Revenue used to be the prime indication of valuation for brands, said Frederic Court, founder of Felix Capital. “But eventually, these businesses will have valuations driven by profitability… it’s about generating a healthy profit margin.
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Eventually, these businesses will have valuations driven by profitability.
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Investors today are less focused on growth metrics and topline numbers and more focused on the bottom line"

quinta-feira, abril 13, 2017

Antecipar a próxima jogada

Em Julho de 2008 desenhei este diagrama:
Diagrama que pode ser conjugado com estes dois títulos:

Basta ir ao diagrama e responder à pergunta: como é que o aumento das taxas de juro vai afectar o equilíbrio de forças no diagrama?

As necessidades de rentabilidade vão aumentar.

Modelos de negócio que actualmente subsistem deixarão de ser viáveis.

A pressão para receber mais cedo e pagar mais tarde vai agravar-se.

Muitas empresas terão de reinventar-se para poderem continuar a existir.

Empresas menos dependentes de capital externo poderão agarrar novas oportunidades.

E a sua empresa?

sexta-feira, abril 07, 2017

Aumentar a rentabilidade

O que está por trás de um aumento da rentabilidade:
Primeira figura que inclui num relatório de um projecto em curso.


quarta-feira, julho 23, 2014

E se? Duh!

Ao ler "E se a próxima crise financeira já estiver a caminho?"
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Sobretudo:
"Quanto maior o risco, maior o juro exigido. Essa é a teoria.
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As taxas de ‘default' corporativo estão artificialmente baixas: empresas que no passado se teriam debatido para aceder aos mercados de crédito estão a conseguir levantar dinheiro para se refinanciarem. (...) Entretanto, a liquidez no mercado começa a desaparecer".
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Se as taxas de juro aumentarem 2%, metade do sector empresarial vai desaparecer"."
E conjugar com o esquema:

 + risco ---> + juro ---> necessidade de rentabilidades mais elevadas ---> maior mortalidade empresarial por incumprimento da bitola dos juros.

sexta-feira, agosto 05, 2011

Qual a rentabilidade dos seus investimentos?

"Maló corta salários, atrasa pagamentos e acumula cheques pré-datados" Não conheço o caso em particular para me pronunciar, no entanto, gostaria de recordar que o preço do dinheiro mudou e muito... muito mesmo.
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Passámos de dinheiro quase dado que podia ser aplicado em investimentos com rentabilidades marginais e passamos para um mundo onde o dinheiro é cada vez mais caro. E tem de ser aplicado em projectos com rentabilidades superiores, muito superiores... ou salvo e transferido para investimentos alternativos "Espanha: falências aumentam 20% no segundo semestre" e "Transferência em curso".
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O nosso esquema do Verão de 2008 está cada vez mais actual

E já agora, para os empresários que se queixam, e às vezes com razão, de concorrentes capazes de fazerem preços mais competitivos por causa de uns amigalhaços que lhes dão davam condições especiais nos bancos, esta é a altura para aproveitar as vantagens de uma estrutura financeira mais sã, menos carregada de dívidas, menos juros.

quinta-feira, abril 14, 2011

A velha academia não percebe nem tem guião

Em 2003, tive oportunidade de participar, em Barcelona, num Balanced Scorecard European Summit.
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A apresentação inicial, um dos "Keynote Address" foi feita por David Norton com o tema "Creating Strategy-Focused Organizations in Turbulent Business Times".
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Por que recordo esta apresentação?
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No slide 3, Norton lança a sua Big Idea para a comunicação:
No slide 13, encontra-se o ponto que gostava de sublinhar ao iniciar esta série:
A criação de valor assenta cada vez mais em activos intangíveis.
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A apresentação inicial do segundo dia, feita também por David Norton, tinha o título "Creating  Value from Intangible Assets. Nos slides 3, 4 e 5 Norton chamou a atenção para um ponto importante:
Criar valor, ou melhor, originar valor a partir de activos intangíveis é diferente de originar valor a partir dos clássicos activos tangíveis. Os activos intangíveis não têm um impacte directo nos resultados financeiros, têm um impacte de segundo ou terceiro nível.
Para originar valor é fundamental alinhar activos intangíveis com as prioridades estratégicas.
Originar valor hoje, resulta sobretudo de factores intangíveis!
Realidade que há 30 anos não existia!!!
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Quantos académicos de hoje percebem a implicação desta mudança?
Quantos académicos de hoje percebem o quão diferente é que isto é do mundo em que os activos tangíveis imperavam?
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A propósito da nova academia que vai ter de aparecer e da velha academia que ainda domina a paisagem queria chamar a atenção para este facto:
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Originar valor numa economia de activos intangíveis é diferente, muito diferente de uma economia assente em activos tangíveis!
A desesperança que a velha academia nos transmite nos media resulta, suspeito eu, da sua incapacidade de fazer a transição da economia do tangível para a economia do intangível. Como é que um João Ferreira do Amaral pode encaixar no seu modelo mental uma Littlemissmatched ou uma Happy Socks ou o sucesso da Nespresso num país em crise?
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A velha economia navega em mares para os quais não tem guião nem bússola.
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Na economia do intangível o que triunfa é a arte, é o arrojo, é a diferença... não é a matemática, nem a eficiência.
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Fazem-me lembrar os meus professores universitários atraiçoados pela História. Na faculdade tive uma série de professores que se doutoraram, no final da década de 60, princípio da década de 70 do século passado, em fenómenos associados à operação unitária destilação. 
Uma destilação consome muita energia mas nesse tempo a energia era ao preço da chuva.
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Após o 1º choque petrolífero todo esse know-how começou a ser posto na prateleira. É a vida!!! Tinham apostado a sua carreira numa operação unitária que se tinha tornado anti-económica.
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Chad Syverson (aqui e aqui) fala na substituabilidade de um produto/serviço como um factor crítico para vencer os mais eficientes.
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No nosso país, estamos atrasados nesta transição para os activos intangíveis. Enquanto a academia não a percebe, só nos últimos 4/5 anos é que as PMEs exportadoras o começaram a fazer sem base teórica. Perante o abismo do encerramento, os empresários deixam a fábrica e vão para o mercado fuçar, fuçar e fuçar (tentativa e erro, ou como refere Steve Blank "pivoting") até que alguma coisa dê, quando alguma coisa dá, concentram-se nela. Ou seja, as nossas PMEs exportadoras na prática já lá chegaram, antes da academia!!!!!
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Quando um dia a academia estudar estes casos de sucesso de empresas anónimas, vai observar, depois reflectir, e só depois criar o corpo teórico que alimentará um futuro exército intelectual capaz de espalhar a boa-nova.
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A velha academia não é portuguesa, é mundial, um paradigma disso é o jornal francês Le Monde que, sobre Portugal escreveu:
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"A Lisbonne, chaque interlocuteur vous quitte en s’excusant de ne pas avoir aperçu quelque chose de positif à l’horizon. L’industrie ? ” L’appareil productif a été détruit par l’intégration européenne “, déplore Carvalho Da Silva, secrétaire général de la CGTP, principal syndicat du pays. Ces dernières années, le Portugal, handicapé par une faible compétitivité, a vu partir plusieurs de ses principaux exportateurs. Dans le nord du pays, les dernières entreprises textiles ferment sous la pression de la concurrence asiatique." (Moi ici: Por favor, fazer rewind e voltar a ler o texto... já está? Agora tentem conciliar isso com o desempenho das exportações em "O caminho está escrito nas estrelas..." e "Têxtil e vestuário com exportações recordes".)
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Não se pode negar o efeito positivo de empresas como a Autoeuropa, a Altri e ou a Continental Mabor para as exportações mas esse é, especulo eu, um sucesso assente em activos tangíveis, assente não na arte mas na eficiência e na escala. E nesse campeonato é preciso muito dinheiro.
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Um exemplo:  Mensagem que recebi num e-mail "O Grupo Inforpress, a Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica e a revista Executive Digest convidam-no/a a participar no Get Together Especial – entrega de Prémios OCI 2010*, promovido pelo Observatório de Comunicação Interna e Identidade Corporativa, que se realiza no próximo dia 07 de Abril"
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Querem ver qual é o ecossistema envolvido? Eu mostro...
A academia não conhece, não visita, arrisco escrever "despreza" as PMEs anónimas exportadoras que depois de um 2010 excepcional se preparam para um 2011 IMPERIAL!!!

terça-feira, setembro 15, 2009

A eficácia é mais importante que a eficiência.

"Voltando a Ronald Baker e ao seu livro “Pricing on Purpose – Creating and Capturing Value” encontro a equação que contrapõe à outra, onde entra a eficiência e o volume de vendas.

“We start with profitability, rather than revenue, because we are not interested in growth merely for the sake of growth. … market share is not the open sesame to more profitability. We are interested in finding the right customer, at the right price, consistent with our vision and mission, even if that means frequently turning away customers. I have coined a corollary to Gresham’s law (bad money drives out good) from monetary economics, affectionately known as Baker’s Law: Bad customers drive out good customers.

Adopting this belief means you need to become much more selective about who you do business with, even though that marginal business may be “profitable” by conventional accounting standards. … Accepting customers who are not a good fit for your firm—either because of their personality or the nature of the work involved—has many deleterious effects, such as negatively affecting team member morale, and committing fixed capacity to customers who do not value your offerings. This is why the new equation focuses on profitability, not simply gross revenue. When it comes to customers, less is usually more.”

“For too long companies have let their price be solely or largely predicated on some arbitrary rule of thumb, competitor’s prices, or on an overhead plus desired net income calculation. These pricing mechanisms are relics of Karl Marx’s Labor Theory of Value, and are completely obsolete in an intellectual capital, innovative, and dynamic economy.

In the business of the future, effectiveness takes precedence over efficiency. A business does not exist to be efficient; it exists to create wealth for its customers. An obsessive compulsion to increase efficiency (doing things right) reduces the firm’s effectiveness at doing the right things. The pursuit of efficiency has hindered most firms’ ability to pursue opportunities, and hence the organization spends most of its time solving problems. One cannot grow a company and continuously cut costs and increase efficiency.

It is not that efficiency is bad, per se; it is that it has been pursued at the expense of nearly everything else.”.

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Mais uma vez, e como é imagem de marca deste espaço: a eficácia é mais importante que a eficiência."


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Postal dedicado a uma pessoa que disse: reduzem, reduzem, reduzem tanto que pensam que o ideal é vender a partir do armazém. Esquecem-se é que nesse dia deixam de ser uma fábrica e passam a ser um armazenista. Palavras de um gestor que decididamente não é um jogador de bilhar amador.

quinta-feira, novembro 20, 2008

And now something completely different...

Ontem, ao regressar durante uma viagem de comboio, ao pesquisar na internet um artigo de um autor que muito aprecio, Nirmalya Kumar, descobrir um outro Kumar.
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Descobri um artigo publicado em Julho de 2002 na revista Harvard Business Review "The Mismanagement of Customer Loyalty", assinado por Werner Reinartz e V. Kumar.
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Muitas vezes, nos mapas da estratégia das organizações com fins lucrativos, acabo por incluir, ou ver incluido, ou facilito a inclusão de um conjunto de relações de causa-efeito na perspectiva clientes que passa por:
Chamo sempre a atenção para o facto de não estarmos a falar de clientes, uma entidade abstracta e estatística, mas de clientes-alvo.
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Em teoria faz todo o sentido, relacionar rentabilidade do negócio com capacidade de fidelizar os clientes-alvo.
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No entanto, este artigo "The Mismanagement of Customer Loyalty" deixa qualquer mente aberta a ter de pensar muito a sério nesta relação de causa-efeito plausível entre clientes fidelizados e rentabilidade do negócio.
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Para começar, se calhar antes de ler o texto, aconselho a comparação dos resultados nas páginas 10 e 11 do reprint, incluídos nas tabelas "Which Customers Are Really Profitable?" e "Choosing a Loyalty Strategy".
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"The best customers, we're told, are loyal ones."
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"What we've found is that the relationship between loyalty and profitability is much weaker - and subtler - than the proponents of loayalty programs claim."

segunda-feira, outubro 30, 2006

Menos vendas mas mais rentabilidade

Quando se desenha um mapa da estratégia, para uma organização com fins lucrativos, colocamos a perspectiva financeira do balanced scorecard no topo.
Um dos objectivos estratégicos que normalmente marca presença nessa área do mapa é: "Aumentar a rentabilidade dos capitais próprios". Como se consegue isto? Abrindo duas "frentes de trabalho": Promovendo o aumentando as vendas e promovendo o aumentando da produtividade.
Contudo, num cenário de re-estruturação profunda, o aumento da rentabilidade pode ser conseguido "mudando de negócio", deixando de apostar no mercado do preço. Vendas em grande quantidade com margens reduzidas, podem dar lugar a menores vendas, de produtos com maior valor acrescentado e com margens que podem ser 20 ou 30 vezes superiores. O lado menos agradável deste cenário é que deixa de ser necessário manter o mesmo número de colaboradores.

O jornal Público da passada sexta-feira trazia uma revista sobre as 1000 maiores empresas em 2005, da página 5 dessa revista retirei estes trechos:

"Menos vendas, menos emprego mas mais rentabilidade. É este o retrato rápido das empresas PÚBLICOI 1000 no ano passado, numa análise global que esconde, naturalmente, evoluções muito diferentes quando se faz a análise empresa a empresa.
Entre 2004 e 2005 a queda registada no volume de negócios foi de 9.3%."

"... a rentabilidade dos capitais próprios também recuperou, de 9.6% para 10.5% em 2005, fruto de um crescimento superior dos lucros em relação aos capitais.
Temos então, e em média, empresas mais capitalizadas e mais rentáveis do que há três anos. Mas também, ou talvez por isso, empresas com menos emprego. Os 415 mil postos de trabalho registados em 2003 são agora apenas ligeiramente superiores a 333 mil, mostrando o ajustamento que foi feito no tecido empresarial, com prejuizo para os números do desemprego no país."

Um número que impressiona é este, o emprego nas 1000 maiores empresas representa apenas 6.4% do emprego total. Assim, quando nos falarem em investimentos de grandes empresas, lembremo-nos que é bom mas não passam de gotas, no que ao emprego diz respeito.

Por fim, é interessante, gostava de pegar em quatro empresas do mesmo sector de actividade e fazer um estudo comparativo, para perceber porque é que encontramos estas diferentes taxas de rentabilidade:
  • 12%
  • 6.3%
  • 0.8%
  • -0.3%