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sexta-feira, outubro 05, 2018

Universidades e estratégia



Eclesiastes 3:1-8

É este eterno retorno, eterna maré que vemos quando olhamos para o fluxo das estratégias ao longo do tempo. É a tradução das subidas e descidas dos montes e vales na paisagem competitiva enrugada.

Em Fevereiro de 2007 escrevi "Formular uma estratégia, é a actividade mais sexy da gestão (1)":
"Durante anos, anos de excesso de alunos, face ao número de vagas nas universidades públicas, áàs universidades privadas bastava existirem, terem vagas para assegurarem a sua subsistência.
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A demografia minou este modelo de negócio, o número de alunos baixou e, em simultâneo, o número de vagas no ensino superior público subiu…"
É preciso pensamento estratégico para outro nível do jogo:
"Nos tempos que correm, não basta ter a porta aberta e esperar que os alunos venham a correr matricular-se, é preciso seduzi-los, é preciso convidá-los a vir, porque existe concorrência, quer de universidade privadas, quer de outras instituições públicas.
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Assim, há que “calçar os sapatos” de um potencial “cliente” e perguntar:
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“Porque é que deverei optar por essa Escola? O que é que eu ganho pessoalmente, se preferir essa Escola, em detrimento das outras?” "
Agora, em Outubro de 2018 temos "Porque é que há cada vez mais universitários a preferirem as privadas?" onde encontramos a resposta: diferenciação, bolsas para os melhores alunos, empregos dentro da universidade.
"Qualquer empresa privada, minimamente organizada, passa por este desafio várias vezes ao longo da sua existência. Formular uma estratégia, escolher o terreno onde pretende combater, escolher o nicho onde pretende prosperar."
Interessante, o governo decidiu cortar lugares nas universidades públicas no litoral para canalizar alunos para as universidades públicas do interior e... os alunos foram para as privadas do litoral que ficam mais baratas depois de considerados todos os custos... faz-me lembrar "The Predator State"

quarta-feira, abril 18, 2018

Acerca da evolução - físico + online (até na universidade)

Um artigo interessante acerca do que pode ser a evolução futura do ensino universitário:
"Similar to e-commerce firms, online-degree programs are beginning to incorporate elements of an older-school, brick-and-mortar model.
...
As online learning extends its reach, though, it is starting to run into a major obstacle: There are undeniable advantages, as traditional colleges have long known, to learning in a shared physical space. Recognizing this, some online programs are gradually incorporating elements of the old-school, brick-and-mortar model—just as online retailers such as Bonobos and Warby Parker use relatively small physical outlets to spark sales on their websites and increase customer loyalty. Perhaps the future of higher education sits somewhere between the physical and the digital.
...
He wouldn’t be surprised if universities start fusing the best of the online experience with the best of the physical experience,
...
Of course, blending learning experiences in this way is not always a smooth, or even feasible, process for many traditional colleges. Most of them are not designed to allow students to take just one course at a time or to toggle between online and face-to-face classes; taking a class on most campuses requires enrolling as a student in a full-fledged degree or certificate program and then choosing to participate exclusively in either online or in-person classes. “While universities have all these resources for lifelong learning, we also have all the constraints in how the model currently works,”
...
Take Xerox, for example. In the 1970s, the company opened a sprawling campus in the suburbs of Washington, D.C., to train its workforce. Some 1,800 employees came through the facility in any given week for classes. But Xerox sold the campus in 2000, when it began to move its professional-development courses online. It now mixes face-to-face training with more than 10,000 short online videos and other on-demand reference materials. John Leutner, the longtime head of global learning at Xerox who retired in 2016, told me that this arrangement saves the company money and also improves retention because workers can learn on their own time and at their own pace."

Trechos retirados de "The Future of College Looks Like the Future of Retail"

domingo, novembro 29, 2015

Mudar de vida é muito difícil

Este texto, "Four tough things universities should do to rein in costs", dá que pensar acerca da dificuldade que as organizações sentem em mudar de vida quando a situação se torna insustentável.
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Dá, também, para reflectir sobre os indicadores que deixaram de ser vistos como resultados e passaram a ser tratados como objectivos, uma espécie de erro semelhante ao investimento dos estados:
"Teaching loads at research universities have declined almost 50 percent in the past 30 years,
...
Today, research is the dominant criterion by which faculty members are evaluated. In deciding which professors get tenure, assessment of teaching tends to be perfunctory (few members of tenure committees ever bother to visit a classroom), and all that is required is competence. It is nearly impossible, however, for a professor to win tenure without publishing at least one book and three or four articles in top academic journals.
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Unfortunately, much of that work has little intellectual or social impact.
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The vast majority of the so-called research turned out in the modern university is essentially worthless,” wrote Page Smith, a longtime professor of history at the University of California and an award-winning historian. “It does not result in any measurable benefit to anything or anybody. . . . It is busywork on a vast, almost incomprehensible scale.”
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The number of journal articles published has climbed from 13,000 50 years ago to 72,000 today, even as overall readership has declined. In his new book “Higher Education in America,” former Harvard president Derek Bok notes that 98 percent of articles published in the arts and humanities are never cited by another researcher. In social sciences, it is 75 percent. Even in the hard sciences, where 25 percent of articles are never cited, the average number of citations is between one and two."

BTW, este trecho "Here’s a simple rule of thumb: A university should spend more on instruction than it spends on anything else, besides research." fez-me lembrar as contas da Abraço.

domingo, outubro 18, 2015

Universidades privadas e estratégia

Este texto inconclusivo "Privadas fazem descontos nas propinas para atrair candidatos" fez-me recuar a 2006, 2007 e a 2008 e a:

E a 2011 ao Evangelho do Valor sobre o poder corrosivo dos descontos.
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O título refere um vector, o desconto; o texto refere que esse vector não é relevante.
"E se os últimos anos de crise foram difíceis para as instituições de ensino superior privadas, este ano, o cenário parece ter-se alterado: em média, a procura subiu cerca de 30% nestas instituições, que dizem apostar na qualidade dos seus alunos."
A ser verdade seria interessante perceber o porquê, a causalidade. Sabendo qual a causalidade poderia estabelecer-se, poderia tomar consciência de uma vantagem competitiva e poderia construir-se uma estratégia deliberada.
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Em que escolas, em que cursos, em que localidades, qual o perfil dos alunos...

sábado, abril 11, 2015

Disrupção a caminho

Muito interessante este desenvolvimento "LinkedIn to Acquire lynda.com" referido também aqui "Why LinkedIn's Buying Spree Won't Stop at Lynda.com"

A propósito da evolução do modelo de negócio das universidades, recentemente registamos aqui no blogue:
Havendo menos jovens para captar, há cada vez mais adultos trabalhadores disponíveis para continuar a aprender.
Problema para os incumbentes?
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Claro, pedagogia não funciona com adultos independentes e, andragogia exige demais dos professores instalados:

terça-feira, abril 07, 2015

Curiosidade do dia

Este texto ""Perante estes factos, como é que o senhor doutor se atreve a dizer que o ensino superior tem um grande valor?"" não tem nada a ver com o caso concreto de Portugal, ou com a troika, ou com a "geração rasca".
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É uma discussão, é uma reflexão em curso em muitos países. Por exemplo:
"results for many recent graduates are awful: one in eight recent college graduates is unemployed, and half of those employed hold jobs that do not require a college degree"
"The news is full of stories where students paid hundreds of thousands of dollars to go to college (and beyond) only to find themselves stuck in dead end jobs and unable to pay off the cost of student loans. We have a crisis in the US in higher education. The costs have risen and the benefits have declined.
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It has gotten to the point where I believe if you have to personally shoulder the cost of your higher education, you should think twice about the traditional model."
Recordar o destino dos doutorados no Reino Unido. e "Vai deixar de se atribuir mais de uma bolsa ao mesmo investigador" e "The future of the postdoc"

domingo, março 08, 2015

"e voltar a ser sexy"

Um artigo, "Estigma sobre a qualidade dificulta emprego dos diplomados dos politécnicos", que motiva várias linhas para uma reflexão estratégica acerca do futuro dos politécnicos.
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Aquele trecho final:
"A maioria dos institutos superiores está situada em cidades do interior do país, onde a economia é mais frágil e a dificuldade de encontrar um trabalho é mais acentuada."
Aponta para o lado errado da observação:
"For instance, in analyzing malnutrition in Vietnam, the experts had exhaustively analyzed all the big systemic forces that were responsible for it: lack of sanitation, poverty, ignorance, lack of water. No doubt they also concocted big systemic plans to address those forces. But that was fantasy. No one, other than Sternin, thought to ask, "What's working right now?"

To pursue bright spots is to ask the question "What's working, and how can we do more of it?" Sounds simple, doesn't it? Yet, in the real world, this obvious question is almost never asked.
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Instead, the question we ask is more problem focused: "What's broken, and how do we fix it?" 
O relevante, num mundo complexo, é perceber o que é que está a funcionar para procurar alicerçar o novo no que tem alguma hipótese de sucesso.
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Voltemos ao texto do artigo.
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Qual foi a última notícia sobre os politécnicos nos media que fixei na memória?
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Um pedido dos politécnicos ao governo, para baixar a exigência no acesso dos alunos e, depois, a secessão dos politécnicos de Porto, Coimbra e Lisboa, por não estarem de acordo com essa medida.
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O que podemos retirar do artigo:
  • os politécnicos têm uma missão clara? para e por que é que existem, quando já temos universidades?
  • os politécnicos conseguem diferenciar-se das universidades?
  • o desemprego é mais elevado entre os licenciados dos politécnicos do que entre os das universidades
  • existe um desajuste entre a formação e as necessidades do mercado de trabalho?
  • existe um estigma sobre a qualidade dos cursos politécnicos?
E o que quer dizer a frase que se segue?
"“O nosso tecido empresarial não é exigente nem em termos de quantidade nem de qualidade da mão-de-obra”. Por isso, acredita este investigador, “o ensino profissional responde às necessidades de qualificação” da economia nacional."
Será que se pode inferir que os empregadores são pouco exigentes, logo, "para quem é bacalhau basta"? Logo, a qualificação pode ser fraca?
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O que conta não é a realidade, o que conta são as percepções sobre a realidade.
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Os politécnicos podem competir de igual para igual com as universidades? Será que faz sentido desenhar politécnicos como universidades de segunda divisão?
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Primeiro passo, reforçar o mais possível a distinção entre politécnicos e universidades, repensando a missão!
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Depois:
  • será que o perfil do professor do politécnico pode ser o mesmo do professor universitário?
  • não seria de exigir a um professor do politécnico, mais do que currículo universitário ou académico, currículo e anos de experiência profissional no terreno? (imaginem logo o by-pass que seria feito às universidades, se cada professor do politécnico, com anos de experiência no terreno, ligasse à sua rede de contactos profissionais para tentar arranjar estágio aos seus 5 melhores alunos do ano)
  • não seria de experimentar cursos mais virados para a prática e para temas que as universidades não podem ou não conseguem? (as empresas não precisam de licenciados, as empresas precisam de atingir resultados com o contributo de pessoas. Por exemplo, qual é o curso universitário de engenharia que tem na estrutura temas como liderança, gestão de equipas, gestão de projectos, gestão de pessoas?) 
Por fim, voltando aquela frase lá de cima:
“O nosso tecido empresarial não é exigente nem em termos de quantidade nem de qualidade da mão-de-obra”
Faz logo pensar no postal de ontem "markets are not – they become". Um mercado não é estático. A procura e a oferta podem mudar e podem influenciar-se na mudança. Olhando para o ecossistema:
E pondo de lado as universidades e, as famílias e estudantes que querem ir para uma universidade, o que fica?
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Ir para um politécnico porquê?
  • futuro?
  • emprego?
  • independência?
Se se deixar de pensar como as universidades... num mundo a construir desenfreadamente makerspaces, a apostar no DIY, a democratizar a produção, não há lugar para cursos profissionais?
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Pode ser como a agricultura, e voltar a ser sexy.
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Pensamento estratégico é isto. Ter um problema acerca do futuro, não ter uma resposta clara, nadar em muita incerteza e... perceber que isto não é um puzzle que tem de se resolver. Não existe uma solução única à espera de ser achada. Existem várias ideias-solução possíveis. Algumas nunca terão pernas para andar, outras poderão transformar-se em soluções concretas em função da interacção entre os actores do ecossistema ao longo do tempo.
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E convém recordar que qualquer solução estratégica é sempre provisória.
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No fundo, o problema dos politécnicos até é mais fácil que o das universidades privadas.

quinta-feira, agosto 14, 2014

Por todo o lado sintomas da mudança do mundo em que vivemos

Por todo o lado sintomas da mudança do mundo em que vivemos:
"U.S. retailers are facing a steep and persistent drop in store traffic, which is weighing on sales and prompting chains to slow store openings as shoppers make more of their purchases online.
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Aside from a small uptick in April, shopper visits have fallen by 5% or more from a year earlier in every month for the past two years,
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Growth in store counts at the 100 largest retailers by revenue has slowed to less than 3% from more than 12% three years ago, according to Moody's."
Por cá tudo se justifica com a troika e a austeridade (por exemplo, "A asfixia financeira dos jornais pode custar cara a Portugal"). No entanto, até que ponto o digital está a introduzir ruído na análise destes números "Portugal com segunda maior queda mensal nas vendas a retalho".

quarta-feira, abril 23, 2014

Estratégia pura e dura em vez de preço

Em "Universidades privadas perderam um quarto dos alunos em três anos" leio:
"A crise chegou em força ao ensino superior privado nos últimos três anos lectivos. Desde 2010/11, período que coincide com a intervenção da troika no país, as universidades privadas perderam mais de vinte mil alunos, o que representa um quarto do total da sua população estudantil."
Por que é que esta explicação parece-me redutora e pouco "científica"?
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Recuemos a Fevereiro de 2007 e a "Formular uma estratégia, é a actividade mais sexy da gestão (1)", ou Setembro de 2006 e a "A necessidade de uma estratégia e de um "sense of urgency"". Engraçado, os jornalistas tinham já ´descoberto a causa do problema em 2006:
"Vem isto a propósito da notícia de capa da Semanário Económico da passada semana "Universidades privadas perdem 3000 alunos por ano" de onde retiro as seguintes afirmações: "Universidades culpam a demografia e a “concorrência desleal” do Estado."
Agora, se calhar os mesmos jornalistas, já que a casa é a mesma, têm outra explicação, a troika. E o papel da publicidade aos cursos de Relvas e Sócrates não dá uma ajuda a denegrir a sua imagem? Adiante...
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O que é que aqui escrevemos em Julho de 2006 em "Que estratégia para uma universidade privada?"?
"A bola está do lado das universidades privadas e a resposta só pode ser uma: ser diferente. Apostar em cursos que não existem na universidade pública ou apostar em cursos semelhantes no papel mas que se distinguem, ou pela qualidade do ensino, ou pela taxa de empregabilidade dos seus cursos. Não vale a pena apostar na estratégia do preço, aí não têm hipóteses, pelo menos sem cheque-ensino."
O que leio ainda no DE de hoje acerca do tema?
O pior caminho possível, o mesmo que os jornais seguiram face à internet: "Universidades privadas com cursos a saldo para atrair alunos".
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Estamos a ver para onde isto as vai levar... combater a demografia e Bolonha com cursos a saldo. Tentar competir com a oferta do ensino superior fornecido pelo Estado no preço... hão-de ter uma sorte.
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Aconselho outro rumo, para o mesmo público: apostar na diferença dos cursos e na empregabilidade dos seus alunos. E os novos públicos, no mundo actual, porque é que a universidade não há-de procurar introduzir-se na formação pós "certificação"? Sim, eu sei, é difícil mentalmente trabalhar para alunos que pagam do seu bolso e são muito mais exigentes, e não vão para encher o CV mas para aprender genuinamente algo... pois, e qual a relação que as universidades têm com o mundo real?
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Estratégia pura e dura em vez de preço
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BTW, o que eu me ri ao recordar os crentes no modelo do século XX, na escala, no tamanho como forma de enfrentar o desafio do futuro.

sexta-feira, abril 18, 2014

Acerca da escassez

A propósito de:
"A globalização do nosso tempo é alimentada pela alteração dos graus de mobilidade dos factores de produção, com vantagem para o capital e para o trabalho especializado, com desvantagem para o trabalho pouco diferenciado, para a terra e para a propriedade."
Fiz logo a ligação para:
"Conclui-se também que nem sempre mais habilitações significam mais vencimento. Por exemplo a diferença entre um contabilista ou revisor oficial de contas com, pelo menos três anos de experiência e habilitações mínimas de Mestrado, e um canalizador, com o quarto ano do primeiro ciclo e um mês de experiência profissional, são 100 euros, a favor do canalizador.
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De acordo com esta oferta de trabalho para Valongo, o canalizador poderá ter trabalho durante seis meses a ganhar 800 euros. Já o contabilista para a zona de Cascais, a oferta de trabalho publicitada no portal do instituto de Emprego apenas oferece 700 euros."
A escassez continua a ser fundamental.
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Como tantas vezes escrevo aqui no blogue, qual o ideal da escola?
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Que todos saiam segundo um padrão traduzível numa avaliação numa escala qualquer.
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Assim, há saída, são uma commodity.
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Primeiro trecho retirado de "A mobilidade dos factores"
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Segundo trecho retirado de "Ofertas de trabalho sobem 72% mas maioria para ganhar o salário mínimo"

quarta-feira, abril 02, 2014

"Certificações em Mongo"

Em 2012 a escolaridade obrigatória foi estendida até aos 18 anos.
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Ainda vamos ver o ensino universitário tornado obrigatório, para suportar o ecossistema.
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Porque o futuro precisa cada vez menos de "certificações", "Badges? We Don’t Need No LinkedIn Badges":
"As job performance data racks up, the proportion of Google employees with college degrees has decreased over time. It’s a development that Rory Sutherland, the Vice Chairman of Ogilvy & Mather UK echoed when he recently wrote that he was unable to find any evidence that “recruits with first-class degrees turn into better employees than those with thirds (if anything the correlation operates in reverse).”
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In the old world, I would use the social hack of finding out which university your degree came from as a sort of proxy for things I wanted to know about you if I was recruiting. But I no longer need to do that because from the social I can find out if you are smart, a hard worker, a team player, an expert on the endochronic properties of resublimated thiotimoline or whatever. So there’s less premium for your learning, say, biochemistry at Harvard rather than Swindon Polytechnic: as long as you know the biochemistry, my hiring decision will be tied to your social graph, not the hack of institutional badges."
Em Mongo, não é preciso entidade certificadora, está tudo escarrapachado na net.

sexta-feira, fevereiro 14, 2014

Curiosidade do dia

"The first is that business schools have been captured by the academic guild.
...
many of the people who run business schools are approaching the future in the most unbusinesslike manner. The mood at this year’s meeting of deans in Gothenburg, Sweden, was a mixture of gloom and fatalism. They talked about academic inflation, image problems and the threat of MOOCs or massive open online courses. But they showed little confidence in their own ability to grasp opportunities or combat threats.
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The deans have few levers at their disposal to reorganise their schools or cut costs: more than 80% of their bills go on academic salaries. They also have few incentives to pull what levers they have: almost all of them are former academics who are appointed for a maximum of five years. Michael Porter of HBS once warned that the most dangerous place for a business is to be stuck in the middle without an obvious advantage of cost or quality. Over the next few years a striking number of business schools are going to discover just how right he was."

Trechos retirados de "Those who can’t, teach"

Recordar:
E se Mongo não for tão exigente face ao conhecimento certificado?
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Ah! Já me esquecia:
O Horror!!! Sem universidades aguarda-nos uma nova Idade das Trevas.
Como é possível que gente sã opte por outras alternativas? E se essas alternativas forem privadas, ainda maior o horror!

domingo, janeiro 26, 2014

Que mentalidade mais utilitarista e economicista!

"Apenas 46% dos empregadores portugueses consideram que há trabalhadores formados em programas de educação relevante para o mercado em número suficiente, o que quer dizer que "os jovens [portugueses] estão a estudar as coisas erradas", de acordo com o estudo "Educação e Emprego: Levar a juventude da Europa para o Trabalho"."
Que mentalidade mais utilitarista e economicista!
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Até parece que o Ensino é para os seus clientes (alunos, pais, empregadores, sociedade em geral), então não é para os professores e para a estrutura?

Trecho retirado de "30% dos empregadores portugueses não encontram as competências de que precisam"

quinta-feira, novembro 28, 2013

Disrupção nas universidades?

"The Great Reset, education edition (hi future)"

Estaremos perante mais um sintoma da disrupção no ensino superior?
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Como é que os jornais responderam à disrupção?
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Concentraram-se nos clientes do preço mais baixo e baixaram os custos e preços.... foi eficaz?
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Não foi nem nunca é eficaz, esses clientes já estão noutra!
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Qual a alternativa? Focar os underserved!
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Nem todas as organizações têm ADN e capital para isso.

domingo, novembro 10, 2013

Abraçar a mudança em vez de tentar incorporá-la

Mais um artigo interessante de Clayton Christensen, "Online education as an agent of transformation".
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Começo por sublinhar a história do barco a vapor, já lá vão cerca de 200 anos mas as forças são as mesmas que continuam a actuar hoje:
"WHEN the first commercially successful steamship traveled the Hudson River in 1807, it didn’t appear to be much of a competitive threat to transoceanic sailing ships. It was more expensive, less reliable and couldn’t travel very far. Sailors (Moi ici: Os incumbentes instaladosdismissed the idea that steam technology could ever measure up — the vast reach of the Atlantic Ocean surely demanded sails. And so steam power gained its foothold as a “disruptive innovation” in inland waterways, where the ability to move against the wind, or when there was no wind at all, was important. (Moi ici: Podemos alterar o texto a negro para o ajustar a muitos outros exemplos e manter os sublinhados a vermelho)
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In 1819, the technology vastly improved, the S.S. Savannah made the first Atlantic crossing powered by steam and sail (in truth, only 80 of the 633-hour voyage was by steam). Sailing ship companies didn’t completely ignore the advancement. They built hybrid ships, adding steam engines to their sailing vessels, but never entered the pure steamship market. Ultimately, they paid the price for this decision. By the early 1900s, with steam able to power a ship across the ocean on its own, and do so faster than the wind, customers migrated to steamships. Every single transoceanic sailing-ship company went out of business.
Traditional colleges are currently on their hybrid voyage across the ocean.
Like steam, online education is a disruptive innovation — one that introduces more convenient and affordable products or services that over time transform sectors. Yet many bricks-and-mortar colleges are making the same mistake as the once-dominant tall ships: they offer online courses but are not changing the existing model.
...
The lessons from any number of industries teach us that those that truly innovate — fundamentally transforming the model, instead of just incorporating the technology into established methods of operation ­ — will have the final say."
Talvez a melhor forma de actuar não seja tentar incorporar a mudança na empresa incumbente... talvez seja mais fácil criar uma empresa paralela, dar-lhe o capital de semente e atirá-la aos lobos para que se desenrodilhe e aprenda a criar um novo modelo de negócio adequado à nova realidade que aí virá. Se o não fizer e se houver suficiente liberdade económica, a sua empresa de hoje acabará como esta "Blockbuster fechará lojas e centros de distribuição nos EUA em janeiro".
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BTW, Christensen escreve sobre esse mundo conservador que são as universidades... pois, estão a ver o filme.

quarta-feira, outubro 09, 2013

Acerca do futuro das universidades (parte II)

Continuado daqui.
"the combination of marketisation – the student consumer as king with options outside universities for talented students too – and globalisation will lead to universities being less and less contained within national systems and more and more both benchmarked globally and a leading part of the growth of knowledge economics – collaborating and competing. In the new world the learner will be in the driver’s seat, with a keen eye trained on value. For institutions, deciding to embrace this new world may turn out to be the only way to avoid the avalanche that is coming.
Just as an avalanche shapes the mountain, so the changes ahead will fundamentally alter the landscape for universities."
Acrescento isto:
"The media's "typical" college student lives on a campus at a four-year institution. But that describes no more than a sixth of the total college population. In fact, there are more college attendees over the age of 30 than such "typical" students. The most significant shift in higher education is the massive growth in the adult-student population.
...
subbacalaureate programs continue to be regarded as marginal in the press and the higher education mainstream. Universities turn their nose up at them. Policies and norms remain oriented towards "traditional" students. Rankings, awards, and honors go to institutions with great sports teams, prize-winning researchers, or elite student bodies--never to those that are helping nontraditional students master new skills and so that they can reenter the workforce, get promoted, or change careers.
...
Intriguingly, there are some colleges--especially for-profits--that have made greater efforts to fundamentally refashion their programs around the needs of adult students. What does that entail?
-- Ensuring that new courses are starting continuously, not just in September and January.
-- Hiring practicing professionals to teach, when appropriate.
-- Investing in high-quality syllabi and assessments, and ensuring that faculty are prepared and willing to use them."
E termino com um convite à leitura do primeiro caso deste postal "The case for discovering what business you are really in":
"Over the past two and a half years, our community has grown much larger than our amazing co-working members. It now encompasses the tens of thousands of students who’ve come through our doors and the more than 3,000 alumni of our long-form courses, not to mention the hundreds of instructors and the 2,000 hiring partners who come to GA in search of top talent. Similarly, support once meant desks and space, but has come to also mean instruction, opportunity and talent for our students and hiring partners.
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It is in this context that we have made the decision to stop offering our coworking services in 2014. It is not a decision we took lightly – but it is a necessary one as we work to expand our global network of students and alumni."
Não é só o online que rouba alunos às universidades, quando já não é o papá a pagar e quando o canudo já não garante emprego... quem me dá mais valor?

Trecho inicial retirado de "An Avalanche is Coming"
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Segundo grupo de trechos retirado de "Old School: College's Most Important Trend is the Rise of the Adult Student"
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BTW, a General Assembly estava a perder dinheiro com o seu negócio de co-working space? Não! Decidiram foi concentrar a sua actividade.
Comparar com:
"Alcatel-Lucent, ..., is much less concentrated in a single area and because of the widespread nature of their operations ... and their product portfolio is too large"

quinta-feira, outubro 03, 2013

Acerca do futuro das universidades

"Increasingly, we believe university leaders will challenge the university as a whole, and individual departments, to answer the question, ‘What’s so special about you?’. In other words, universities and departments will need to justify their existence – just ticking over won’t be good enough.
...
4. Much of the value added won’t be content
As content becomes ubiquitous and, in each area, the world’s leading universities or authorities become its providers, the content of a course will cease to be a decisive factor. Instead, it will be a matter of what a university and its faculty build around the content – for example, the quality of teaching  and mentorship, the nature of facilitated dialogue between students (which could be global), or indeed the type of assessment and the path from university into the labour market. There is tremendous room here for innovation which universities can embark on right away, with limited risk.
...
8. As the monopoly over awarding degrees breaks down, universities need to consider their true value
Generally-speaking, universities were founded to be regional or national institutions, but they find themselves operating, thanks to the mobility of talent and the ubiquity of technology, in a global market. The power to award a degree is conferred by state or national governments and the restrictions on access to this power have enabled universities to protect their position – until now. With students shopping globally, with online degrees – which might be offered from any country – becoming widely available and with commercial organisations seeking the power too, this protection is weakening, perhaps vanishing.
As a result, universities will have to look at what they offer"
Trechos retirados de "An Avalanche is Coming"